Joaquim Cassicato 
No âmbito do recente anuncio da subida de preços por parte de algumas empresas do sector das telecomunicações, a Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC) repudiou, nesta segunda-feira, tais iniciativas face à crise económica e às diferentes fases de excepção que existem no país.
A Informação foi avançada ontem(21) em uma nota publicada pela agência de notícia -ANGOP. Em nota, a AADIC refere que tomou conhecimento, por meio dos órgãos de difusão massiva, da subida “anormal” dos preços dos serviços de telecomunicações das operadoras MOVICEL e TV CABO.
Nas últimas semanas, a TV CABO e a Movicel anunciaram, em mensagens enviadas aos seus clientes, o reajuste dos preços dos pacotes, para a segunda quinzena de Setembro para a MOVICEL a partir de Outubro para a TVCABO.
Os preços da TV CABO serão reajustados a partir de 15 de Outubro, devendo o pacote mínimo (VIV XS) custar 14.850 kwanzas e o mais caro (VIV BXXXL) passar para 119.550.Já a Movicel reajustou o pacote Karga Leve, de 7 dias, que passará 1.500 kwanzas. De igual modo, o pacote VIP Business, de 30 dias, passou a custar quinze mil kwanzas.
A associação, entende que a importância dos serviços nas despesas familiares, e face à crise económica e às diferentes fases de excepção no país, por força da Covid-19, torna-se necessário reforçar a protecção dos consumidores, Devendo ter em conta a qualidade dos serviços prestados e a transparência dos preços.
Por outro lado, em sede do estatuto de Parceiro Social do Estado, a AADIC lamenta o facto de não ter havido intervenção do regulador, ou seja, do Instituto Angolano das Telecomunicações (INACOM), bem como da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), que também tem a incumbência de analisar, propor e emitir pareceres sobre o estabelecimento de preços ou alteração de preços dos bens e serviços.
