O relatório anual da GSMA, denominado Mobile Gender Gap 2024, divulgado no final de semana, apurou que a adopção de Internet móvel pelas mulheres na África Subsaariana e no resto do mundo aumentou ligeiramente no ano passado.
Em todo o mundo, as mulheres têm agora 15 por cento menos probabilidades do que os homens de utilizar Internet móvel e das 785 milhões de mulheres que ainda não a utilizam, cerca de 60 por cento vivem no Sul da Ásia e na África Subsaariana.
De acordo com o relatório, a disparidade de género na adopção de Internet móvel nestas duas regiões também diminuiu pela primeira vez desde 2020, devido ao aumento do número de mulheres que cada vez mais têm feito uso de Internet móvel, um crescimento mais rápido do que o dos homens.
A GSMA observou que na região da África Subsaariana, por exemplo, as mulheres têm 32 por cento menos probabilidade do que os homens de utilizar Internet móvel, uma melhoria em relacção aos 34 por cento em 2017. A proporção de mulheres que utilizam Internet móvel na região África Subsaariana, também cresceu de 24 por cento em 2017 para 36 por cento em 2023, mas ainda há 202 milhões de mulheres que não utilizam a Internet móvel.
Relativamente a região da África Subsaariana, o relatório concluiu que houve uma ligeira redução da disparidade de género pela primeira vez em cinco anos. Enquanto que no Sul da Ásia, mudanças notáveis ocorreram na Índia, onde a adopção de Internet pelas mulheres aumentou para 37 por cento, reduzindo a disparidade de género de 40 por cento para 30 por cento, e na Indonésia, onde a taxa de adopção das mulheres excedeu a dos homens, reduzindo a disparidade de género de 15 por cento para oito por cento.
A GSMA estimou que eliminar a disparidade de género na propriedade e utilização de comunicações móveis poderia gerar receitas adicionais de 230 mil milhões de dólares para a indústria móvel nos próximos oito anos.