Chama-se Amazon Q e, de acordo com a Amazon, este chatbot é voltado para locais de trabalho e não para consumidores regulares, o que o torna um concorrente directo de assistentes corporativos como o Copilot da Microsoft, o Duet AI da Google e o ChatGPT Enterprise da OpenAI.
Ao contrário do ChatGPT e do Bard, o Amazon Q não é baseado num modelo específico de inteligência artificial (IA). Ele utiliza uma plataforma conhecida como “Bedrock” que conecta vários sistemas de IA, incluindo o Titan da própria Amazon, assim como aqueles desenvolvidos pela Anthropic e Meta.
Segundo a Amazon, a principal missão do chatbot é ajudar os funcionários nas tarefas diárias, tais como resumir documentos de estratégia, preencher tickets de suporte interno e tirar dúvidas sobre políticas da empresa.
“Acreditamos que o Q tem potencial para se tornar um companheiro de trabalho para milhões e milhões de pessoas na sua vida profissional,” disse ao New York Times o presidente-executivo da Amazon Web Services, Adam Selipsky, durante o lançamento da ferramenta nesta terça-feira (28).
A few big announcements from today’s keynote!
— Adam Selipsky (@aselipsky) November 28, 2023
* Amazon Q: a new type of generative AI-powered assistant tailored to your business that provides actionable information and advice in real time to streamline tasks, speed decision making, and spark creativity, built with rock-solid… pic.twitter.com/RCoePY7fsw
Mais do que representar a forte intenção e necessidade da Amazon acompanhar o frenético mercado da IA, actualmente dominado por empresas como OpenAI, Micorsoft e Anthropic, o Amazon Q surge também como resposta às empresas que utilizam os serviços da Amazon, as quais, segundo Adam Selipsky, estavam interessadas em utilizar chatbots, mas temiam pela segurança e confidencialidade dos seus dados corporativos.
“Muitas empresas me disseram que haviam banido esses assistentes de IA por questões de segurança e privacidade. Em resposta, a Amazon desenvolveu o Q, que é mais seguro e privado do que um chatbot voltado ao consumidor,” disse.
O executivo da Amazon explica que o chatbot pode ter as mesmas permissões de segurança que os clientes empresariais já configuraram para os seus funcionários. Por exemplo, se numa empresa o profissional de marketing não pode ter acesso a previsões financeiras confidenciais, o chatbot pode imitar este comportamento, não fornecendo ao funcionário dados financeiros quando solicitado.
As empresas também podem permitir que o chatbot trabalhe com os seus dados corporativos que não estejam nos servidores da Amazon, como por exemplo, conectar-se ao Gmail.
A Amazon parece comprometida em acirrar a corrida para assumir o domínio dos chatbots corporativos e o preço para o Amazon Q reflecte isso mesmo. Por exemplo, o acesso ao “Q” custa 20 dólares norte-americanos ao mês por cada utilizador, enquanto a Microsoft e a Google cobram 30 dólares pelo mesmo período e para o mesmo número de utilizadores.