Os dados foram apresentados no último relatório da Indústria de Nomes de Domínio e Pontos de Troca de Intrenet (IXP) de África, realizado pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN). No documento, Angola figura também a lista dos 12 países africanos com mais de um IXP.
De acordo com o relatório referente ao ano 2023, a lista é liderada pela África do Sul, cujos IXPs detêm 80% do tráfego em África, seguida pela Tunísia (8%), Nigéria (6%), Quénia (3%), Uganda (1%), Tanzânia (1%), República Democrática do Congo (0,4%), Egipto (0,2%), Burkina Faso (0,1%) e Angola (0,1%).
Em termos gerais, a ICANN avaliou o ecossistema da Internet na África do Sul como sendo o mais avançado por ter o maior número de registos de domínios de Internet, bem como o maior número de IXPs no continente africano.
A ICANN observa que o maior número de registos de nomes de domínio por entidades africanas ocorre, principalmente, em países onde a indústria de alojamento local e o sector de desenvolvimento web cresceram suficientemente, como é o caso da África do Sul, Egipto, Ilhas Maurícias, Nigéria, Quénia, Zimbabué, Uganda, Tunísia e Marrocos.
Domínio de peering
Em contrapartida, o estudo acrescenta que existem 12 países africanos com mais de um IXP, com a África do Sul a liderar este grupo, seguida pela Tanzânia. A África do Sul lidera com sete IXPs, seguida pela Tanzânia com cinco IXPs, Nigéria com quatro, Camarões, RDC e Quénia com três e Angola, Egipto, Burkina Faso, Burindi, Costa do Marfim e Zâmbia com dois IXPs cada.
A ICANN explica que embora nenhum dos parâmetros individuais de um IXP tenha uma boa correlacção com o número de nomes de domínio, existe uma correlacção clara e lógica entre o número total de nomes de domínio registados num país e o número total de nomes de domínio roteados pelos IXPs naquele país.
“Há um argumento de que se um IXP nacional mantiver o tráfego nacional local, vários IXPs provinciais irão localizar ainda mais a troca de tráfego. É por isso que muitos países têm vários IXPs, nomeadamente a África do Sul, Tanzânia, Angola, Camarões, RDC, Quénia e Nigéria”, afirma a ICANN.
O referido estudo faz parte de uma iniciativa de Coligação para África Digital, que tem o objectivo de avaliar a evolução do mercado de DNS e as tendências económicas em África.
Já assistiu aos nossos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal clicando aqui !!!