Angola: Kaspersky observa um aumento de 12% em tentativas de ataques em 2021

Descoberta base de dados com mais de 26 mil milhões de informações roubadas

O recente relatório da Kaspersky observou em Angola, ao analisar o cenário de ameaças dos países africanos, um aumento do nível de proporção de ataques de malware móvel, apesar de ter registado um declínio constante nos ataques à dispositivos móveis no resto da região.

As descobertas apresentadas no relatório Mobile Threats in 2021 da Kaspersky, revelam que, no geral, em 2021 os usuários sul-africanos enfrentaram 38% menos ataques de malware móvel do que em 2020, enquanto que outros países da região viram mudanças ainda mais dramáticas no seu cenário de ameaças móveis: Moçambique teve uma queda de 48%, seguido pelo Botswana (58% ), Nigéria (59%), Etiópia (69%) e Gana (76%). O único país onde a proporção de ataques aumentou foi Angola, onde o malware móvel cresceu 12%.

De acordo com os especialistas da Kaspersky, essa dinâmica é um reflexo da tendência global, pois os cibercriminosos tendem a investir cada vez menos nas principais ameaças que são neutralizadas com sucesso por soluções de segurança modernas.

Além das mudanças estratégicas no cenário de ameaças móveis, os especialistas também atribuem o declínio geral do malware móvel em 2021 à enorme onda de ataques observada no início da pandemia em 2020, quando os usuários foram forçados a trabalhar em casa. Esse período também viu o aumento do uso de vários aplicativos de videoconferência e entretenimento, aumentando o volume e a disseminação das oportunidades de ataque. Agora que a situação se estabilizou, a actividade cibercriminosa diminuiu como resultado.

“De facto, houve menos ataques móveis em geral, no entanto, os ataques que ainda vemos se tornaram mais complexos e difíceis de detectar. Os cibercriminosos tendem a mascarar aplicativos maliciosos sob o disfarce de aplicativos legítimos, que geralmente podem ser baixados em lojas de aplicativos oficiais. Além disso, com os aplicativos de mobile banking e de pagamento se tornando cada vez mais difundidos, há uma chance maior de os cibercriminosos atingi-los de forma mais activa”, comenta Tatyana Shishkova, pesquisadora de segurança da Kaspersky.

A Kaspersky pede, no referido relatório, ao sector de telefonia móvel que aprimore a protecção cibernética em todos os níveis, incluindo a segurança dos seus usuários, fornecendo serviços de segurança cibernética personalizados.

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