A União Africana (UA) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), revelaram em um estudo sobre empreendedorismo digital em África, que Angola ocupa a 3ª posição dos países com custos de acesso à internet mais caro na África Austral, destacando uma Startup angolana no ranking dos dez exemplos de startups digitais da África Austral.
O Estudo que referenciou a Tupuca e a Kianda Hub como exemplo de startup digital e hub de inovação respectivamente, apurou que a África Austral está a testemunhar uma transformação digital em alta velocidade, em países como Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e África do Sul – esta última está a liderar a transformação digital, tendo reduzido as altas taxas de desemprego no país. No entanto, o estudo salienta que, as barreiras actuais em infraestruturas, habilidades e acessibilidade tendem a aumentar a exclusão digital. Os 40% mais ricos da população têm duas vezes mais chances de ter acesso à internet.
Em termos de desenvolvimento tecnológico e infraestruturas, a África Austral ocupa um lugar de destaque em funçao da representação da África do Sul a nível do continente. No ranking dos países da África Austral com a internet mais barata, o estudo verificou que a Namíbia tem a internet mais barata da região do continente, com 97% da população com capacidade para custear 1 GB de internet por mês, enquanto que entre os doze países com a internet mais barata, Angola ocupa a 10ª posição, sendo cosiderado o 3ª país com internet mais cara da região.
A região da África Austral registou um crescimento significativo em termos de acesso à internet, tendo o estudo apurado que, a tecnologia 4G já cobre 80% da população. E a digitalização oferece oportunidades de criação de empregos directos na região. Um exemplo disso são os empregos que o crescente sector de tecnologia da informação e comunicação (TIC) tem criado de forma directa nos sectores de telecomunicações e radiodifusão. No período 2015-19, o emprego nesses dois sectores aumentou 2,2% e 1,8%, respectivamente.
O sector dos negócios digitais também viu um crescimento significativo, o que demonstra um ambiente salutar para a expansão deste segmento. Um outro sector (mais importante) que também registou crescimento significativo e consistentemente, é o das telecomunicações, que na última década passou de uma receita de 29 mil milhões de dólares em 2007 para 55 mil milhões em 2019.
Embora a região conte com 25 grandes Data Centers (dos quais 21 deles estão implantados na África do Sul, 3 em Angola e 1 no Zimbabwe), Angola, Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe, permanecem nas fases iniciais da digitalização, com apenas 25% da população a ter acesso à internet. A infraestrutura deficiente e os resultados educacionais insatisfatórios estão impedindo que um grande grupo de trabalhadores informais adote e se beneficie das tecnologias digitais.
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