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A cerimónia de posse do novo presidente da República Federativa do Brasil, Lula Inácio da Silva, realizada neste domingo, 1 de Janeiro, ficou marcada, além da solenidade que se se impõe em eventos desta natureza, pelo abate de drones suspeitos que invadiram o espaço aéreo onde decorria o evento. O forte esquema de segurança elaborado para a data proibida a utilização de drones na região, excepto os das forças de segurança ou autorizados e cadastrados pela equipa de transição. Segundo avança a imprensa brasileira, os dispositivos abatidos não estavam devidamente registados.
O grande destaque neste facto foi o tipo de arma aplicada para neutralizar os veículos aéreos não tripulados. Trata-se do DroneGun Tactical, um tipo de arma futurista produzida pela australiana DroneShield, que utiliza uma tecnologia emissora de um sinal de radiofrequência capaz de cortar a conexão dos drones com quem os controla em uma extensão superior a um quilómetro de distância, independentemente da marca ou modelo do drone.
O CEO da DroneShield, Oleg Vornik confirmou ao Portal de T.I que a arma já está disponível em África, mas por questões de sigilo não pôde fornecer detalhes sobre que países africanos a possuem ou que sectores de segurança mais requisitam o produto no continente berço. “Podemos confirmar que já foi implantada em África, mas infelizmente não podemos especificar detalhes,” disse.
Agente federal patrulha área exterior do Palácio do Planalto com uma DroneGun – Créditos: D.R
A arma permitiu aos agentes da Polícia Federal brasileira o abate de quatro drones suspeitos. De acordo com a fabricante, além de abater os alvos, a arma permite também controlá-los, com os portadores da DroneGun podendo optar por mantê-los a voar até que a bateria acabe ou pousá-los em um local para serem destruídos ou apreendidos. A arma possibilita também localizar o controlador do drone por meio de uma função que permite fazer o veículo voltar ao seu local de lançamento.
A arma utilizada pelos agentes federais também distingui-se pela sua capacidade de bloquear a carga útil transportada pelos drones, impedindo-os de lançar possíveis explosivos contra alvos designados, bem como interromper imediatamente a transmissão de vídeo a ser gravado pelo controlador do dispositivo durante o voo.
“O Brasil é um importante mercado sul-americano para a DroneShield, e estamos satisfeitos em ver a implantação ao mais alto nível dos nossos sistemas no país, o que deverá fluir para outros sistemas sendo utilizados no Brasil, enquanto os requisitos de contra-UAS continuam a crescer rapidamente,” comentou o CEO da DroneShield, Oleg Vornik, em uma nota a que o Portal de T.I teve acesso.
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