Bancos portugueses cortam relações com o mercado de criptomoedas

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Portugal vem sendo listado há anos como a capital das criptomoedas na Europa, entretanto essa designação poderá passar para a História à medida que mais bancos portugueses “cortam” as relações entre o mercado de criptomoedas e o mercado financeiro tradicional.

Na última semana, por exemplo, os dois maiores bancos privados de Portugal, o Banco Comercial Português (BCP) e o Banco Santander, encerraram todas as contas da CriptoLoja, uma das cinco correctoras actualmente habilitadas a trabalhar com criptomoedas no país. Segundo o CEO da correctora, Pedro Borges, a mudança de abordagem ocorreu após dois outros bancos menores terem procedido da mesma forma e sem fornecerem uma explicação oficial.

“Agora temos que contar com o uso de contas fora de Portugal, para operar a bolsa”, disse Pedro Borges, acrescentando que “todos os procedimentos de compliance e relatórios foram seguidos” e que a “CriptoLoja sempre informou as autoridades sobre operações suspeitas”.

Bancos portugueses cortam relações com o mercado de criptomoedas

Pedro Borges, CEO da Criptoloja – Créditos: D.R

Entretanto, de acordo com a Bloomberg, a Criptoloja não foi a única afectada. Duas outras correctoras de criptomoedas também viram as suas contas bancárias encerradas neste ano, nomeadamente a Mind the Coin e a Luso Digital Assets. À Bloomberg, o fundador da Mind the Coin, Pedro Guimarães, lamentou que a empresa “não consegue abrir uma conta há meses”, isto após ter todas as suas contas encerradas em Portugal.

De acordo com uma publicação do Jornal de Negócios, o maior banco estatal português, Caixa Geral de Depósito, e o Banco de Investimento Global (BiG), também estão entre os que rejeitam ou encerram contas de correctoras de criptomoedas.

Essas medidas, que já afectam três das cinco correctoras licenciadas no país, podem representar o prenúncio de uma era difícl para o mercado português de criptomoedas. Essa visão é, inclusive, reforçada pelo fundador da Mind the Coin, que afirma que, mesmo sem haver explicação oficial, alguns bancos dizem já não querer lidar com empresas do sector das criptomoedas.

“Embora não haja explicação oficial, alguns bancos apenas nos dizem que não querem trabalhar com empresas de criptomoedas. Segundo Pedro Guimarães, “é quase impossível iniciar um negócio de criptomoedas em Portugal agora”.

 

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