Considerado o centro tecnológico da China, a cidade de Shenzen enfrenta mais um surto de Covid-19 que, de acordo com a Associated Press, obrigou as autoridades a decretarem o confinamento obrigatório para até 20 de Março. Durante este período, conforme relata a Revista Visão, todas as actividades não essenciais presenciais deverão ser suspensas, com o regime de teletrabalho a ser obrigatório sempre que possível.
Claramente, este não é um confinamento comum. Trata-se do Silicon Valley da China e dada a influência da região no mercado tecnológico global, a situação poderá desencadear uma forte crise na cadeia de abastecimento em todo o mundo.
O efeito dominó da paralisação já se começa a sentir, com a empresa chinesa Foxconn, uma das maiores produtoras mundiais de telemóveis e outros equipamentos electrónicos, a anunciar que vai encerrar duas das suas principais fábricas devido a situação em Shenzen.
A decisão da Foxconn tem o potencial de afectar a Apple e a Samsung, duas empresas do sector que trabalham directamente com a fabricante chinesa. No entanto, gigantes como a Huawei e a Oppo, que têm fábricas em Shenzhen, também correm o risco de paralisar as suas operações.
O impacto directo nas fábricas de produção de equipamentos electrónicos não é a única ameaça. Shenzhen possui também um dos maiores portos do mundo, o porto de Yantian, que pode voltar a desencadear uma quebra na entrega de produtos tecnológicos pelo mundo por longos períodos, a semelhança do que houve em Junho de 2021, quando Shenzen entrou em confinamento.
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