Especialistas de vários sectores e subsectores do ramo tecnológico debateram, nesta Terça-feira (26), na edição do programa Conversas 4.0, o tema: Aceleração Tecnológica em África no Pós Covid-19.
A volta deste tema que reuniu vários especialistas, participaram: Edeneth Márcia, Analista Jurídico da Angola Cable, António Pinto, representante da NCR e a Engenheira Informática de Moçambique, Sázia Sousa, CEO da Technoplus Lda.
O objectivo da edição de hoje, foi o de conhecer a transformação digital em vários sectores como: o comércio, administração pública, saúde e educação, e, como estes se vão restituir no período do pós Covid-19.
Para a Jurista Edeneth Márcia, a nível do sector público, verifica-se uma certa resistência à transformação digital, por parte de alguns órgãos estatais, como é o exemplo das administrações, identificações (lojas de registo), que ainda permitem-se ver albergadas de um elevado número de utentes nos seus recintos. Porém, a especialista admite, o empenho de outras, na adesão à transformação digital, como é o caso, por exemplo, da AGT, quando decide colocar os seus serviços à disposição do cidadão de forma remota.
Relativamente aos mercados, António Pinto reconheceu o empenho dos angolanos na transformação digital, sobretudo o mercado informal, através das vendas online, suportadas pelas redes sociais, como meio ideal de divulgação dos produtos.
A moçambicana Sázia Sousa sublinhou que, o grande factor para haver aceleração digital é a facilidade de acesso às tecnologias de informação. Deu exemplo de Moçambique, onde face ao novo período de convívio social, é visível uma corrida no interesse da inclusão das tecnologias no currículo das empresas.
A especialista destaca o sector da saúde como um potencial subscritor à transformação digital, com a adopção do serviço de Telemedicina.
As revoluções trazem ganhos e perdas. Uma das perdas da 4° Revolução Industrial é o da diminuição do capital humano, para a sua substituição por máquinas.
Diante disso a Edeneth Márcia adverte a necessidade de se munir quadros angolanos de uma educação tecnológica-digital, para possibilitá-los a concorrer com este novo paradigma.
O representante da NCR admitiu que, Angola ainda não dispõem de infraestruturas de tecnologias de telecomunicações que conseguem responder a demanda das empresas. ” Nós ainda temos redes com buracos. Para um processo de digitalização mais robusta é necessário ter mais investimentos, estes, que passa pelo Ministério das Telecomunicações”, disse.
Os especialistas apontam o tele-trabalho, a telemedicina, o comércio online, a educação remota e outros serviços públicos, como ganhos da Indústria 4.0.
O programa Conversas 4.0, sob moderação de Edilson de Almeida, é transmitido na Luanda Antena Comercial (LAC), todas as Terças-feiras de cada semana, entre as 10h as 11horas.
Nestas edições, face a obrigatoriedade do distanciamento social, os convidados participam à distância, numa interacção remota.
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