Decorreu, na manhã desta terça-feira (06), o habitual debate no programa tecnológico, da LAC (Luanda Antena Comercial), Conversas 4.0, moderado por Edilson Almeida, que reuniu convidados como: Leivan Carvalho, consultor de segurança de informação Limiar IT security; Nelson Nascimento, Group Leader Cyber Security da MSTelcom e António Pinto, em representação da NCR Angola.
Em nota introdutória, Edilson Almeida fez saber que Cibersegurança é a prática que protege os Computadores e servidores dos dispositivos móveis e sistemas electrónicos, rede de dados, contra ataques maliciosos, também chamado de segurança de TI ou segurança de informações electrónicas, até computação móvel.
Numa altura em que os ataques cibernéticos têm aumentado consideravelmente no país, sobretudo no decorrer do período de confinamento social, fruto da Covid-19, período em que várias empresas e instituições foram alvos de ataques cibernéticos, a edição desta terça-feira do Conversas 4.0, teve como objectivo de conhecer o universo do Cibercrime, riscos e processos de mitigação.
A nível mundial, os serviços médicos e as entidades públicas são as principais vítimas de ataques cibernéticos.
Na sua intervenção, Leivan Carvalho deixou claro que, o Cibercrime é toda actividade realizada de maneira a baixar o nível de confidencialidade, disponibilidade e integridade da infraestrutura tecnológica. Realça ainda que, a protecção de dados é a principal ferramenta de prevenção dos ataques cibernéticos.” A confidencialidade , a integridade e a disponibilidade são os pilares de protecção de dados”, disse.
O representante da NCR António Pinto, a falar pela própria empresa, admitiu que já foram alvos de Cibercrime a nível da estrutura, e por este facto despõem de um conjunto de softwares, políticas e controlos para a protecção de dados, começando com a restrição de acesso a terceiros na sua rede, e sobretudo impõem limite na inserção de dispositivos externos em seus equipamentos.
Por sua vez Leivan, ao chamar atenção ao facto, “que ninguém está ileso de ser atacado” e, sobretudo quando se verifica um exponencial crescimento das empresas, fez saber que, “a medida que a empresa for importante, maior é o foco dos hackers e ela se torna alvo de ataques maliciosos”.
A nível da MSTelcom há um conjunto de políticas internas que vão desde, a questão física para a questão lógica que salvaguarda do ponto de vista de segurança de informação.
Nelson Nascimento fez saber que, numa pesquisa feita pelos cientistas da MSTelcom, em parceria com a Sheik Point aponta que, até 2021, o mundo terá perdas em crimes cibernéticos, na ordem dos 6.5 bilhões dólares. O especialista aponta o Phishing como o mais comum dos tipos de ataques cibernéticos. Na sua perspectiva, falar de segurança de informação, é falar não somente de informação mais sobretudo de educação.
Uma vez que a escala de ameaça virtual tem crescido, os especialistas aconselham pela adopção de um sistema de segurança dotados de técnicos especializados e controlos de seguranças, necessários para proteger.
Na recta final, os especialistas desaconselham o uso de domínios corporativos para veícular informações em canais públicos. E Nelson Nascimento, ao falar da terceirização dos serviços de infraestrutura, aponta que, não obstante as empresas aderirem aos serviços de Cloud, há que se criar um sistema de segurança dentro da própria estrutura. ” A adesão a Cloud não garante a protecção da infraestrutura na totalidade. A Cloud oferece o primeiro Layer de segurança de informação e o solicitante deve ter também o seu próprio Layer de segurança que deve ser construído dentro da própria infraestrutura do cliente, antes de ceder à terceirização.
O conversas 4.0 é um programa voltado às tecnologias, emitido todas as terças-feiras, das 10 as 11horas, na LAC (Luanda Antena Comercial), e tem uma continuidade em Live, através do Facebook do Tech 21 Africa.
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