Crimes cibernéticos no sector bancário em Angola

Os crimes cibernéticos acontecem todos os dias. As instituições bancárias não revelam por medo de expor as suas fragilidades.

Numa entrevista concedida ao Portal de T.I, pelo Director de TI da CETIM Tecnologias, Engenheiro Hélder João, aquando da realização da III conferência sobre transformação digital, realizada pela revista Economia e Mercado, foi possível saber sobre a fragilidade que têm as empresas bancárias no universo cibernético.

Breve Entrevista

P.TI – Sobre a questão das empresas bancarias não revelarem que têm sofrido ataques diariamente, por medo de exporem suas fragilidades, é um dado real?

H. J – É um dado real. Os ataques de cibernéticos ocorrem diariamente. Mas um banco nunca virá a público expor que foi atacado, por uma questão de reputação.

P. TI – É possível avaliar as perdas registadas durante os ataques já sofridos?

H. J – Infelizmente não podemos ter a contabilização destas percas, porque é um assunto que não vem a público. Os bancos preferem, dentro das suas instalações, assumir esses prejuízos, do que virem a público e dizer que sofreram um ataque nas suas infraestruturas.

P. TI – Acha que com a implementação da legislação no país, será possível haver redução considerável dos crimes cibernéticos?

H. J – A legislação não reduz este tipo de ataque. A legislação apenas define os riscos e incute as responsabilidades às pessoas que fazem estes ataques. O que pode vir a reduzir o número de ataques aqui é, um plano estrutural de defesa da nossa infraestrutura digital.

P. TI – O que aconselha aos utilizadores?

H. J – Eu aconselho aos utilizadores a lerem mais um pouco sobre os riscos do mundo digital, principalmente das aplicações bancárias; terem atenção que existem muitas oportunidades que são dadas à população em termos de mobilidade e pagamento de serviços. Contudo, por trás disto, tem o risco destas mobilidades. Nós que estamos a utilizar a nossa conta bancária, a partir de um aplicativo digital, estamos a ficar expostos para o mundo digital, então temos que ter um bocadinho de atenção com as fragilidades deste mundo, para amanhã não sermos pegos de surpresa.

No decorrer da entrevista, que mereceu também a atenção de outros órgãos de Comunicação Social, salientou ainda o engenheiro que, a nível de segurança da banca angolana, o BNA (Banco Nacional de Angola) tem a responsabilidade de reger as entidades bancárias, saber se têm ou não uma estrutura de cibersegurança, de formas a salvaguardar esta questão do ambiente fragilizado.

Salientamos que, o Engenheiro Hélder João foi um dos intervenientes da III conferência sobre transformação digital, que reuniu, no dia 18 de Novembro, no Hotel Epic Sana, vários especialistas para debaterem sobre “Impacto da Pandemia da Covid-19 na Aceleração Digital”, na perspectiva dos serviços financeiros e comércio.

 

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