De acordo com o CEO da Kaspersky, Yevgeny Kaspersky, a insegurança diante dos ataques cibernéticos está a crescer em todo mundo, devido ao crescimento do “profissionalismo” de quem ataca em comparação com o nível das defesas existentes.
O também especialista em cibersegurança, que falava em entrevista à Sputnik, alertou que a situação dos ataques cibernéticos já está a se tornar crítica em todo mundo.
“O problema é que toda a infra-estrutura do mundo, realmente toda, é construída sobre sistemas operacionais inseguros. Há ‘buracos’ tanto nos sistemas operacionais quanto nos aplicativos, e isso se aplica não apenas aos gadgets, computadores, mas também aos carros, fábricas e usinas de energia”, explicou.
Neste contexto, realça, todos os sistemas de mensagens rápidas, incluindo o WhatsApp, e todos os sistemas operacionais, incluindo Android e iOS, também são inseguros. Mas, aquilo que mais preocupa o CEO da Kaspersky é a segurança das infra-estruturas críticas em todo mundo.
“O que me preocupa muito mais é a segurança industrial, que é o foco principal, a principal dor de cabeça. Porque se alguém hackear globalmente o WhatsApp, haverá sim danos e será muito desagradável, mas não é comparável a atingir a infra-estrutura crítica de alguma região”, explicou.
Em um relatório recente a empresa russa indicou que, em média, 400 mil malwares foram distribuídos todos os dias, de Janeiro a Outubro de 2022, o que sinaliza um crescimento de 5% em relação ao ano 2021, em que foi detectada uma média de 380 mil malwares distribuídos diariamente.
O documento prevê que a média de malwares distribuídos diariamente pode chegar a 500 mil em 2023 e, por isso, apela às empresas e aos utilizadores comuns a buscarem por mais segurança no ciberespaço.