O grupo de hackers Lockbit reivindicou na última sexta-feira, 10 de Novembro, a autoria do ataque cibernético direccionado contra a unidade norte-americana do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), o maior banco do mundo em depósitos.
“Sim, confirmamos”, afirmou um representante do Lockbit à Reuters, quando questionado sobre o envolvimento do grupo no ataque.
O ataque, agora reivindicado pelo Lockbit, foi confirmado na quarta-feira (8) pelo ICBC, que na altura sublinhou que o incidente resultou na interrupção de vários sistemas. De acordo com a revista Time, o banco teve de enviar um mensageiro com uma pen drive contendo detalhes do acordo às partes impactadas, de forma a garantir a continuidade das negociações.
De acordo com o fundador da Truesec ouvido pela revista, Marcus Murray, “este é um verdadeiro choque para os grandes bancos em todo o mundo”. O especialista em cibersegurança prevê que o incidente “fará com que grandes bancos em todo o mundo corram para melhorar as suas defesas, a partir de hoje.”
Sem atribuir o incidente a um actor específico, o ICBC informa que está em andamento uma investigação minuciosa sobre o incidente e destaca que está progredir nos seus esforços de recuperação, numa acção coordenada com a sua equipa de especialistas em segurança da informação.
O ICBC é o maior banco da China e o maior banco comercial do mundo em depósitos, com receitas de 214,7 mil milhões de dólares e lucros de 53,5 mil milhões de dólares relatados em 2022, segundo os dados da revista Fortune. A instituição possui 10,7 milhões de clientes corporativos e 720 milhões de clientes individuais. Além das suas 17 mil filiais nacionais, o ICBC possui também filiais em 41 países, incluindo 13 nos EUA.