O pescador, a isca e o peixe digital

Por: Tânia J. A. Costa Consultora de carreira e negócios

Já diz o ditado a “ocasião faz o ladrão”. E a ocasião é esta do actual cenário aonde vivemos de “home office”, aplicativos bancários e outras ferramentas virtuais, devido a pandemia que vem assombrando o mundo. O aumento significativo do uso da internet, trabalho remoto e de aplicativos bancários contribuíram, também, a um aumento do risco de ataques cibernéticos protagonizados pelos famosos criminosos virtuais ou “hackers”.

Uma das diversas maneiras do criminoso virtual agir é com a prática do método de “phishing” – o termo deriva da palavra em inglês fishing que significa “pesca”-, sendo o pescador o invasor e as suas informações que quer obter os peixes. O pescador pesca informações de extrema confidencialidade do peixinho para ter acesso e, então, usurpar os seus dados e agir de forma incorreta: essa analogia é a razão do título deste texto.

Entretanto, lamentavelmente assim como o vírus do novo coronavírus que está sempre em constante mutação ou a gripe que muda e transforma-se em cada ser humano, a pesca criminosa não tem ainda um método de prevenção infalível. Os cibercriminosos usam inúmeras iscas e algumas vezes direccionadas a funcionários de uma empresa específica ou até mesmo pessoas singulares com actividades constantes online.

Usando campanhas de emails, solicitando os seus dados pessoais; ou os aplicativos de COVID 19; ou a solicitação de instalação de um software com ofertas de carros; ou a criação de ligações (links) com descontos fantásticos durante o natal ou, ainda, em qualquer época festiva: é impossível enumerar as infinitas técnicas usadas por eles para atrair o peixinho e fazer que ela morda a isca.

Seguramente, por esta razão, diversas empresas apostaram na implementação de políticas e regras de condutas de cibersegurança para consciencializar e diminuir os riscos dos ataques virtuais, bem como informar os funcionários sobre as consequências de um ataque.

Basta recordar o ataque informático ocorrido na empresa petrolífera Sonangol que deixou os sistemas informáticos paralisados. O que aconteceu foi que: “Desde a página observador.pt os “hackers” acederam à 700 computadores e privou dos serviços de email cerca de 500 funcionários da petrolífera dos quais extraíram informação privilegiada (Observadores.pt 25/01/2020).

O ataque de pirataria terá deixado à gestão das infraestruturas tecnológicas abalada. A prática de roubo mostra que o mercado é malévolo. No entanto, existem recomendações indispensáveis para evitar dissabores e prevenir a nossa confidencialidade, mesmo que haja quem diga que no mundo digital já não existe confidencialidade. Uma vez que entramos para esse mar digital somos alvos de pescadores criminosos, que andam atrás das nossas informações.

Neste sentido, trabalhar em tele-trabalho requer redobrar as nossas atenções e triplicar as medidas de cibersegurança com vista a mitigar as vulnerabilidades. Visto que, muitas vezes, não nos encontramos em escritórios onde esses são equipados, com protecção, aplicativos e ferramentas fundamentais que bloqueiam, rastreiam e denunciam automaticamente actividades suspeitas de “hacker”, a nossa vigilância deve ser maior, porque estamos expostos.

É preciso considerar a cibersegurança com uma componente chave para o sucesso profissional e melhor desempenho nas organizações. O apelo constante de uma cultura de cibersegurança diminui os riscos contra os novos golpes de “pishings”.

Embora já frisado que a segurança online não se consegue garantir a 100%, deve-se ainda assim, seguir escrupulosamente as inúmeras medidas de prevenção recomendadas pelas empresas adoptando por comportamentos e práticas de segurança adicionais como forma de evitar ataques, nomeadamente: actualizações constantes do software do computador, o uso de um antivírus eficaz e com grande desempenho, a alteração da palavra-chave de forma regular, optar pela autenticação em dois passos e fazer backups diários.

Essas medidas embaraçam a rede do pescador criminoso que se vê encurralado e impossibilitado de pescar. Todavia concerne a cada de nós, na sua existência no mar digital, colaborar e proteger-se contra as iscas do cibercriminoso, identificando, corrigindo e denunciado atempadamente todas actividades suspeitas de ciberespionagem, fraude e outras ameaças à quem de direito, garantindo assim maior segurança de informação e um singelo contributo para a consolidação de mundo digital saudável.

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