Joaquim Cassicato 
O mais recente estudo da Chainalysis, empresa especializada em transacções de criptomoedas, estima que as vítimas de ataques com ransomware tiveram que desembolsar, para resgate dos seus dados, cerca de 1,1 mil milhões de dólares em 2023.
De acordo com o referido relatório, o total pago em 2023 mais que duplicou comparado com o valor de 456,8 milhões de dólares norte-americano registado em 2022, uma vez que mais de 75% dos resgates pagos ultrapassaram o valor de um milhão de dólares em resgate de dados das grandes empresas que haviam sido afectadas.
A pesquisa realizada com 900 dirigentes e gestores de tecnologias de informação e segurança informática de empresas de diversos países, mostrou que quase 90% admitiram terem sido vítimas de ataques de ransomware na segunda metade do ano passado e foram forçados a pagar por resgate.
Em 2023, a Chainalysis disse que identificou 62 grupos de hackers envolvidos em mais de cinco mil ataques de ransomware, na maioria a operar em grupos de até uma dezena de membros, na Rússia, China, Europa do Leste e Médio Oriente.
A Chainalysis refere que o cenário do ransomware viu uma grande escalada na frequência, escopo e volume dos ataques. Os ataques foram realizados por intervenientes organizados em grupos e por intervenientes que actuam de forma individual – e os especialistas dizem que o número de intervenientes deverá aumentar nos próximos anos.
O relatório enfatiza ainda que apesar destes valores astronómicos pagos em resgate, 2023 também registou victórias significativas na luta contra o ransomware com a colaboração entre as autoridades internacionais, organizações afectadas, empresas de segurança cibernética e inteligência de blockchain.
