Em uma abordagem sobre o actual estado do terrorismo em África, o último relatório do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta as criptomoedas como o novo principal meio de financiamento dos grupos terroristas africanos ligados ao “Estado Islâmico” (E.I) e à Al-Qaeda, como é o caso do Al-Shabaab, que actua principalmente no Sul da Somália, e das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa), que actuam na República Democrática do Congo (RDC) e no Uganda.
Segundo o relatório, as transacções do E.I à África passam pela sua base na Somália e, de lá, para os seus parceiros espalhados pelo continente. Por meio destes activos digitais, exemplifica o documento, o Al-Shabaab consegue anualmente mais de 24 milhões de dólares norte-americano para a compra de armas e explosivos.
Em outra revelação alarmante, o relatório refere que este financiamento é canalizado por empresários de países como Quénia e Uganda, que vivem e fazem riqueza em países distantes da África Oriental, citando a África do Sul como principal destino dos empresários.
O documento explica ainda que a busca pela expansão e diversificação das formas de financiamento do E.I e da Al-Qaeda no continente, constituem uma resposta às perdas de territórios que já detinham no Iraque e na Síria, voltando-se agora a outras áreas do globo, como é o caso da Nigéria, Moçambique e RDC.
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