As autoridades senegalesas detiveram nesta segunda-feira (7) cinco indivíduos que comercializavam terminais Starlink por considerar que o material permite o “fornecimento ilegal de Internet e o marketing irregular”.
As detenções ocorreram uma semana após o governo senegalês desligar a Internet e suspender o TikTok, para, no primeiro caso, evitar possíveis manifestações a favor de um dos principais líderes políticos da oposição detido na semana passada e, no segundo caso, evitar a disseminação do que as autoridades consideram “mensagens odiosas e subversivas”.
Em teoria, o potencial dos terminais daria aos senegaleses a possibilidade de acessar a Internet via satélite sem a necessidade de recorrer a uma operadora de telecomunicações local. No entanto, de acordo com o mapa disponibilizado pela Starlink, o serviço ainda não está disponível naquele país.
O Departamento de Segurança Urbana da Polícia Nacional do Senegal informou que os detidos não estavam licenciados nem tinham alguma autorização exigida para a realização desta actividade no momento das detenções. Os detidos poderão, refere o departamento, ser condenadas a cinco anos de prisão e multa de 100 mil dólares americanos.
Em reacção às detenções, a autoridade reguladora de telecomunicações do Senegal emitiu um aviso no qual insta todos os provedores de serviços e qualquer outra empresa que venda terminais Starlink a interromper imediatamente as vendas em todo o país.