Desde 1958, Angola já testemunhou 3 grandes momentos de participação no cenário da exploração espacial internacional:
• 1º A construção do Observatório Espacial Mulemba em 1958;
• 2º A construção das 1º Estações Terrestres de Satélite Angolano em Julho de 1974;
• 3º A assinatura do contrato do Projecto ANGOSAT 1 e Criação da Estratégia Espacial Nacional, em 2009.
Em outubro de 2018, altura em que o “Astropreneur” (Empreendedor Espacial) angolano, José Carlos Santos, partilhou pela primeira vez com vários jovens angolanos o conceito de “NewSpace ”, começou-se a demarcar um 4º momento da história espacial angolana, onde a aquisição de capacidade local e autonomia em determinadas áreas do sector espacial bem como o consequente desenvolvimento do país passam a ser uma prioridade.
Hoje em dia, é notório o impacto que a ciência e tecnologia espacial têm nas nossas vidas. Para além disso, uma nova economia e mercado foram criados e rendem cerca 400 biliões de dólares/ano. Isso é sinonimo de mais empregos para atender a demanda dos milhares de novos serviços e aplicações, que pela sua enorme fiabilidade têm passado despercebidos. Caso os sistemas espaciais falhassem, a sua ausência seria notada em segundos e o impacto para a vida humana seria catastrófica.
Pensando em muitos desses factores, o Portal de T.I criou a Rubrica “T.I COSMOS” para partilhar os avanços da ciência e tecnologia espacial em Angola e no mundo, criando assim um espaço de diálogo com todos os leitores para debater de maneira construtiva sobre os desafios, oportunidades e progressos nessa área.
Angola ocupa a 149ª posição (de 169 países) no Ranking de Desenvolvimento Sustentável após 85 dos 244 indicadores, e 169 metas identificadas pelas Nações Unidas foram avaliadas para garantir “O Futuro que Queremos” para a Agenda 2030.
Gestão de projectos, Ciência Espacial e Tecnologia, STEAM e todos os elementos que serão partilhados na “T.I COSMOS” serão acompanhados, sempre que possível, de uma componente pratica e com aplicação real em Angola pois esta rubrica pretende ter um papel fundamental no “futuro que queremos”.
O nome “T.I COSMOS” remete-nos ao elo de ligação entre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aplicadas ao Cosmos (Espaço Exterior). Mais do que ajudar a perceber como funcionam as TIC no espaço, esperamos poder contar com o apoio de todos os leitores para garantir que o uso das TIC no sector espacial se traduza no desenvolvimento sustentável em Angola.
Portanto, são todos convidados a comentar, criticar e identificar os problemas e as necessidades que podem ser resolvidas pelo uso da ciência e tecnologia espacial para que todos possamos estar actualizados sobre o que o futuro nos reserva e a actualidade nos presenteia.
A construção sustentada da actividade espacial angolana permitirá, a médio e longo prazo, transformar o nosso país de consumidor, para operador e produtor serviços, produtos e tecnologia espacial. Este reposicionamento terá profundas repercussões não só no papel de Angola como agente espacial, mas também no seu papel em todas as frentes de intervenção do Estado. O desenvolvimento da actividade espacial irá criar um efeito cascata que beneficiará todos os sectores angolanos e que se espalhará por todas as áreas da vida social, económica, política, comercial e industrial do país. Irá também reforçar a liderança, inovação e pioneirismo de Angola no mundo.
Autores: Eldrige de Melo e Marco Romero
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