As fortes tensões existentes entre os EUA e a Rússia, causadas pela invasão desta última à Ucrânia, ameaçam beliscar o normal funcionamento do programa espacial mais importante existente na actualidade – a Estação Espacial Internacional (ISS – na sigla inglesa).
Na passada sexta-feira (25), o presidente norte-americano Joe Biden, anunciou várias sanções contra o governo russo. Entre as sanções económicas, estão as relacionadas com o seu programa espacial conjunto. Os Estados Unidos anunciaram que “mais de metade das importações de alta tecnologia da Rússia será cortada, como consequência isto dará um golpe na sua capacidade de modernizar as suas forças armadas, a sua indústria aeroespacial e inclusive o seu programa espacial”.
Em resposta a esse anúncio, Dmitry Rogozin, chefe da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos), escreveu no seu Twitter: “Se os EUA bloquearem a cooperação connosco, quem salvará a Estação Espacial Internacional (ISS) de uma saída de órbita descontrolada e de uma queda nos Estados Unidos ou na Europa? Também existe a opção de deixar cair uma estrutura de 500 toneladas na Índia e na China. Quer ameaçá-los com tal perspectiva?”.
As palavras do chefe da Roscosmos estremecem todas as nações que poderão ter em algum momento a trajectória da ISS sobre o seu território.
Este laboratório espacial mantém-se em actividade permanente a 400 quilómetros de altitude, orbitando em redor da Terra há mais de duas décadas. O programa inclui a cooperação de 20 países, tendo como principais actores os Estados Unidos (através da NASA) e a Rússia (com a Roscosmos). Estão também envolvidas as Agências Espacial Europeia (ESA), Japonesa de Exploração Aeroespacial e a Espacial Canadiana.
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