Referindo-se ao custo dos serviços fornecidos pelos operadores de telecomunicações, o director geral da TV Cabo Angola, Francisco Ferreira, justificou que os preços praticados pelos operadores no mercado nacional são influenciados pelos preços praticados no mercado internacional para aquisição destes mesmos serviços, situação que se torna ainda mais difícil de gerir quando ocorre uma desvalorização da moeda nacional face à moeda utilizada na compra dos serviços, o dólar norte-americano.
Em declarações à imprensa após assinar com o Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) o contrato de concessão específica para a prestação de serviços de distribuição de televisão por subscrição, Francisco Ferreira lamentou o facto de, até agora, não ter sido permitido aos operadores efectuar qualquer alteração de preço, apesar da inflação que se vive no país.
“Para nós, operadores, os preços têm sido regulados pelo INACOM. Não nos deixam fazer as alterações por nossa livre iniciativa. É importante, no entanto, perceber que houve uma desvalorização cambial. Temos a taxa de inflação acima dos 25% e não nos deixam aumentar os preços”, lamentou.
De acordo com o director, a contínua disponibilização dos serviços neste ambiente é muito difícil aos operadores, visto que estes enfrentam taxas de inflação elevadas e uma desvalorização cambial muito forte. “As pessoas têm que entender que estamos a comprar conteúdos internacionalmente, como largura de banda internacional, e o valor é alocado ao dólar. Portanto, variações cambiais têm efeito na nossa actividade”, acrescentoou.
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