Unitel regista baixa nas receitas

Unitel: accionistas afastam Miguel Geraldes do board

O Director-geral da Unitel, Miguel Geraldes, revelou durante uma entrevista concedida ao jornal Valor Econômico que, a empresa que dirige registou uma baixa nas suas receitas, tendo avançado que a operadora não foi capaz de lucrar mil milhões de dólares, uma vez que as receitas do ano 2014 foram estimadas na ordem dos 2,6 mil milhões de dólares.

“2020 foi um ano altamente desafiante, em que a imprevisibilidade acabou por aparecer. Mas no meio disso tudo posso concluir que foi um ano em que conseguimos atingir os grandes objectivos”, disse.

Apesar dos desafios e perdas registadas no ano passado, o Director-geral da Unitel disse que ainda assim, a operadora que dirige está entre as mais desenvolvidas de África a nível de conhecimento tecnológico e infraestrutura.

O ano passado também ficou marcado com o acordo que as operadoras tiveram com o governo, no sentido de disponibilizarem um pacote gratuito. Miguel Geraldes disse que esse pacote ofereceu 350 milhões de minutos para todos e de forma gratuita, e com isso, a Unitel deixou de ganhar, embora ter sido uma decisão correcta, segundo ele.

Falando sobre a problemática da falta de divisa no país, que se regista já há algum tempo, Miguel Geraldes explicou que o acesso às divisas no país não é apenas um desafio das operadoras de telecomunicações, mas de todas as entidades angolanas e especialmente as que têm de comprar equipamentos fora e como tal, têm de ter acesso a essas divisas. “Obviamente há o desafio de um dólar, em 2014 valer 100 Kwanzas e hoje estar para cima dos 600 Kwanzas. O grande desafio que temos é o facto de cobrarmos as receitas em Kwanzas, o que tem um impacto nas nossas contas, já que a aquisição é muito grande”, concluiu.

Questionado sobre como avalia o sector das telecomunicações em Angola, uma vez que vem com uma larga experiência do sector em África, Miguel Geraldes disse que a infraestrutura cá está muito mais desenvolvida que a maior parte dos países por onde passou, tendo avançado que a Unitel, a nível de conhecimento tecnológico, é talvez das mais desenvolvidas.

Relativamente à partilha de infraestruturas, Miguel Geraldes disse fazer parte da concessão da Unitel, e que a grande questão discutível é o preço da partilha, uma vez que a Unitel investiu 5 mil milhões de dólares na infraestrutura que tem.
“Iremos lutar para que o acesso a terceiras partes sobre a nossa infraestrutura seja um custo justo e que ajude também a recompensa do investimento que a Unitel fez”, destacou.

O Director-geral da operadora garantiu existirem perspectivas positivas para este ano, como a entrada da empresa na área de mobile money que segundo ele, é um complemento e não uma competição na área bancária. E apontou também como perspectiva o lançamento da rede 5G.

 

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