A Angola Cables informou esta tarde ter registado um corte simultâneo nos três principais cabos submarinos (WACS, SAT3 e ACE) que ligam a costa ocidental de África à Europa. O corte, segundo a multinacional, pode ter acontecido a mais de 150 km do estuário do rio Congo, afectando com isso todas as comunicações internacionais entre os países a sul da República Democrática do Congo com a Europa.
De acordo com a Angola Cables, ainda não são conhecidos os pormenores sobre a exacta localização e a causa dos cortes, mas salienta que, a ser confirmada a localização, não será a primeira vez que as fortes correntes do rio Congo provocam rupturas nos sistemas submarinos.
Os consórcios que gerem os respectivos sistemas submarinos já estão a trabalhar na reparação dos cortes e espera-se que as comunicações sejam repostas até ao princípio de Setembro.
A Angola Cables avança, para já, que em Angola será sentida apenas uma ligeira degradação na qualidade da Internet e das comunicações, porque a multinacional continua a garantir as comunicações internacionais do país através de uma rota alternativa, disponibilizada pelos seus sistemas submarinos SACS e MONET, que ligam Luanda ao Brasil aos Estados Unidos.
Sobre a ruptura dos cabos submarinos
As rupturas dos cabos submarinos podem ser causadas por vários factores maioritariamente de causas naturais, por isso as redes de cabos submarinos e as operadoras internacionais de Internet têm planos de redundância onde o tráfego de Internet pode ser desviado.
Neste caso, o cabo SACS afirma-se como uma alternativa importante que Angola disponibiliza para transportar tráfego enquanto as reparações são efectivadas.