A Interpol apresentou durante o Fórum Económico Mundial realizado em Davos, um relatório conjunto sobre a expansão do “metacrime”, onde aponta a falta de padronização, interoperabilidade e a complexidade de acesso ao metaverso por meio de múltiplos dispositivos e sistemas, como sendo os principais desafios para combater o fenómeno.
O documento identifica o que a polícia criminal internacional chama de “metacrimes” como sendo o aliciamento de pessoas, radicalização e ataques ciber-físicos contra infra-estruturas críticas, bem como o roubo de propriedade virtual/cultural 3D, invasão de espaços virtuais privados e roubo de avatares.
O relatório refere que a polícia pode ser confrontada com cenas de crimes virtuais em que não há provas físicas a recolher — apenas interacções digitais envolvendo activos virtuais, como criptomoedas e tokens não fungíveis (NFT). Segundo a Interpol, esses ambientes online são dinâmicos, o que significa que as evidências podem facilmente desaparecer ou parecer alteradas.
“A ascensão de tecnologias poderosas como o metaverso está a tornar o cenário criminal cada vez mais complexo e transnacional, colocando novos desafios para a aplicação da lei”, destaca Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol.
“Estamos a ver o metaverso e a inteligência artificial oferecerem novas oportunidades para actividades criminosas, às quais o mundo não está totalmente preparado. A Interpol continua comprometida em ser a voz da comunidade global de aplicação da lei para garantir a segurança do mundo virtual”, completa.
No documento, a Interpol diz que sua ambição é ajudar os países membros a compreender os desafios e as oportunidades oferecidas pelas tecnologias emergentes, bem como garantir que a aplicação da lei tenha as ferramentas e a formação para montar uma resposta eficaz a este cenário de criminalidade em evolução.
O referido relatório foi desenvolvido com as contribuições do Grupo de Especialistas em metaverso da Interpol, composto por representantes de autoridades policiais, de governos, do sector privado, academia e organizações internacionais.
Já assistiu aos nossos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal clicando aqui !!!