Joaquim Cassicato 
O Relatório sobre o Estado da Indústria do Mobile Money 2025 da GSMA mostra que a região da África Subsaariana tem 1,1 mil milhão de contas registadas, duas vezes mais que o resto do mundo.
De acordo com o relatório, A África Subsaariana é até o memento a região mais activa do mundo em relação ao uso do mobile money, impulsionada pelo registo de novas contas e pelo aumento da actividade mensal na África Oriental e Ocidental.
Os dados apresentados mostram que a África Oriental foi o principal impulsionador do crescimento mensal das contas activas em 2024, seguida pelo Sudeste Asiático e pela África Ocidental. A África Oriental contribuiu com 32% das novas contas em 2024 e a África Ocidental com 21%.
No final de 2024, havia 336 serviços de mobile money activos em todo mundo, com 165 deles na África Subsaariana e outros 13 no Norte da África.
“Hoje, a África Subsaariana continua a ser o epicentro do mobile money, respondendo por mais de 1,1 mil milhão de contas registadas”, disse o diretor geral da GSMA, Vivek Badrinath, no prefácio do referido relatório.
Olhando para as previsões feitas em 2019, a GSMA descobriu que as contas registadas cresceram mais rápido do que o esperado em 2024, com 75% mais contas registadas na África Subsaariana do que o estimado.
Valores transacionados e contributo ao PIB na região
Em 2024, dos 1,68 triliões de dólares norte-americanos transacionados a nível global, cerca de 1,1 trilião de dólares vieram da região da África Subsaariana. Até o final de 2023, os países com os serviços de mobile money anexaram ao PIB global cerca de 720 mil milhões de dólares, refletindo um aumento de 1,7% no PIB impulsionado pelos serviços de mobile money em 2022.
Somente na África Subsaariana, os serviços de mobile money adicionaram cerca de US$ 190 mil milhões ao PIB em 2023, em comparação com 150 mil milhões em 2022, demonstrando uma influência económica sustentada.
Para os segmentos do mobile money mais utilizados, o relatório mostra que em Junho de 2024, 44% dos provedores ofereciam serviços de crédito, tornando-os o produto financeiro adjacente mais utilizado e os serviços de poupança eram oferecidos por cerca de um terço dos provedores. Enquanto isso, seguros continuam a ser os menos comuns, com cerca de 28% dos provedores.
