Joaquim Cassicato 
O relatório global sobre o Estado da Indústria do Mobile Money – 2024, desenvolvido pela Associação do Sistema Global para Comunicações Móveis (GSMA, na sigla inglesa), refere que os serviços do sector registaram em 2023 um aumento de 14% em relação ao ano anterior, equivalendo a 2,7 milhões dólares norte-americano por minuto, totalizando cerca de 1,4 trilhão de dólares em valor de transacção.
A edição de 2024, evidencia que a região da África Ocidental teve um aumento de 23% em relação ao ano anterior nos volumes de transacções, atingindo 85 mil milhões de dólares. Entre 2013 e 2022, aponta o relatório, os países com serviços de mobile money registaram um Produto Interno Bruto de 600 mil milhões de dólares, mais elevado do que aqueles sem serviços de mobile money.
Um outro ponto relevante a ter em conta neste relatório é o facto da África Ocidental (especificamente Nigéria, Gana e Senegal) acumular um aumento de 100% nas contas registadas entre 2013 e 2023, estabelecendo-se como líder na adopção de mobile money a nível global.
A pesquisa da GSMA mostra, por outro lado, que o dinheiro móvel tem aumentado o impacto socio-económico das populações.
“À medida que o mercado do mobile money começa a amadurecer, os casos de utilização tornam-se mais sofisticados. Mais fornecedores oferecem agora produtos financeiros adjacentes, como crédito, poupança e seguros. O crédito é o serviço financeiro adjacente mais popular oferecido pelos provedores de mobile money, com um aumento de 73% no número de produtos de crédito oferecidos em relação ao ano anterior”, lê-se no relatório.
Embora a taxa de crescimento anual das contas de mobile money registadas esteja a abrandar (de 19% em 2021 e 15% em 2022) em algumas regiões do mundo, os especialistas vêm alertando que isto reflecte o início do amadurecimento da indústria. Neste relatório, a África Subsariana, por exemplo, é conotada por ter sido responsável por mais de 70% do crescimento total das contas registadas a nível global em 2023.
