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Narisrec apresenta resultados anuais e projecta centro de reciclagem de resíduos electrónicos

Narisrec apresenta resultados anuais e projecta centro de reciclagem de resíduos electrónicos
A Narisrec, empresa angolana dedicada à gestão de resíduos electrónicos, apresentou recentemente os seus resultados anuais e anunciou o lançamento oficial do projecto Binewaste, iniciativa que alia tecnologia digital e ecopontos físicos para facilitar a gestão de resíduos no país.
 
Ao Portal de T.I, o director geral da a instituição, Décio Silva, explicou que o Binewaste funcionará como uma plataforma web e aplicação móvel, para pedidos de recolha de equipamentos eléctricos e electrónicos fora de uso, além de oferecer pontos de descarte acessíveis à população.
 
Segundo o responsável, a solução prevê também actividades de reparação, recondicionamento e venda de dispositivos, promovendo um modelo de economia circular com impacto na redução de resíduos em aterros e de emissões de CO₂.
 
Os dados anuais apresentados pela empresa referem que nos últimos cinco anos, a Narisrec recolheu e tratou 33.822 equipamentos, o que resultou em 123 toneladas de matéria-prima recuperada.
 
Embora seja um volume modesto para as expectativas da Narisrec, representando apenas uma pequena fracção da quantidade estimada de resíduos electrónicos produzidos anualmente no país, a empresa considera que o feito tem um grande significado para a indústria.
 
“O Global E-waste Monitor estima que Angola produza perto de 148.000 toneladas de resíduos electrónicos por ano. As 123 toneladas de resíduos tratados em 5 anos representam apenas 0,083% de um único ano da geração total de resíduos electrónicos em Angola. Ou seja, é uma fracção extremamente pequena do volume nacional, mas tem um grande significado: demonstra a entrada da reciclagem formal num país onde a taxa oficial de recolha ainda é 0%”, afirmou.
 
Com os olhos voltados para o futuro, a Narisrec prevê inaugurar em 2027 o primeiro centro de reciclagem de resíduos electrónicos em Angola, com a meta de aumentar em 20% o volume de recolha até esse ano. De acordo com Décio Silva, a nova infra-estrutura deverá permitir ultrapassar as 30 toneladas de resíduos processadas por ano e alargar a cobertura da empresa para além de Luanda, Cabinda, Benguela e Huíla.
 
O responsável enfatizou a empresa aposta na governança, licenciamento e conformidade legal como diferenciais competitivos e está aberta a trabalhar com o governo em campanhas nacionais de sensibilização e programas educativos, garantindo maior envolvimento da sociedade na reciclagem e descarte correcto.
 
Desta forma, destaca Décio Silva, a Narisrec “pretende ser não apenas um operador de referência, mas também um agente activo na construção da política nacional para resíduos electrónicos, ajudando a transformar um problema ambiental em uma oportunidade para a economia circular e a sustentabilidade em Angola”.

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