Silicon Valley Bank: falência lança incertezas sobre o ecossistema mundial de startups

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Na passada sexta-feira, 10 de Março, as autoridades norte-americanas anunciaram a falência do maior banco em depósitos do Vale do Silício, o Silicon Valley Bank (SVB). Trata-se do 16º maior banco dos EUA e, curiosamente, um dos principais bancos do mundo quando o assunto é investimento em startups. No final de 2022, o SVB contava 209 mil milhões de dólares de activos e cerca de 175,4 mil milhões em depósitos.

O anúncio foi caracterizado como sendo “um evento de nível de extinção” pelo CEO da Y-Combinator (YC), Garry Tan, cuja empresa é a maior aceleradora de startups em todo mundo.

“Este é um evento de nível de extinção para startups. Vai atrasar as startups e a inovação em 10 anos ou mais. As BIG TECH não se importam com isso, elas têm dinheiro noutro lugar. Todas as pequenas startups, as Googles e os Facebooks de amanhã, serão extintas se não encontrarmos uma solução,” lamentou Garry Tan.

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Até à data da sua falência, o SVB caracterizava-se por ser um banco profundamente ligado ao ecossistema de startups em todo mundo, sendo o maior banco de capital aberto focado no Vale do Silício e em startups de tecnologia. Registos no seu site revelam que 50% de todas as empresas de tecnologia e ciências apoiadas por capital de risco nos EUA são clientes do SVB, isto inclui 63% de todas as empresas de tecnologia e saúde apoiadas por capital de risco que abriram o capital no primeiro semestre de 2021 naquele país.

A falência do SVB também lançou incertezas sobre o ecossistema de startups em África, visto que muitas iniciativas tecnológicas têm exposição directa ou indirecta no Silicon Valley Bank.

De acordo com Garry Tan da YC, com o encerramento do SVB, “30% das empresas YC expostas através do SVB não poderão efectuar pagamentos aos funcionários nos próximos 30 dias”. Um dado preocupante, considerando que a Y-Combinator tem mais de 80 startups africanas no seu portfólio. Com o efeito da falência do SVB estando a distribuir-se em cadeia pelo mundo, é esperado que surjam nesta semana várias reacções dos representantes de startups africanas sobre o impacto deste evento no ecossistema.

Com o SVB em falência, as autoridades norte-americanas confiaram o controlo dos depósitos à Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), que deverá reabrir as 17 agências do banco, a partir desta segunda-feira (13), e autorizar a curto prazo que os clientes levantem até 250 mil dólares dos seus fundos, o que corresponde ao montante habitualmente garantido pela agência. Segundo as autoridades, os clientes cujos fundos ultrapassam essa garantia (que são a maioria), devem contactar a FDIC.

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