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Começou nesta segunda-feira (19), na Academia do Empreendedor, em Luanda, a 2ª edição das formações do programa ACeleraNet, iniciativa que busca impulsionar a economia digital no país através da capacitação dos pequenos provedores de serviços de Internet, dotando-os com ferramentas e conhecimentos técnicos e de gestão necessários para prosperar no mercado.
Segundo a Angola Cables, esta edição diferencia-se pela sua abordagem inclusiva ao seleccionar 27 startups para a formação avançada em temas cruciais, ao contrário das quatro startups seleccionadas na edição anterior. Das 27, serão escolhidas três startups para serem aceleradas dentro de dois meses.
“Estamos a abrir uma janela de oportunidades para os pequenos operadores que desejam afirmar-se no mercado. Com a crescente demanda por conectividade, este programa torna-se vital para fortalecer a competitividade e garantir que os provedores locais estejam à altura dos desafios do mercado”, afirma Ângelo Gama, PCE da Angola Cables, em comunicado.
Ângelo Gama destaca que o aumento do número de utilizadores de Internet em África poderá gerar receitas de 180 milhões de dólares até 2025 e mais 700 milhões de dólares até 2050, além de criar 44 milhões de novos empregos, caso a penetração da Internet atinja 75% no continente.
Desta forma, o PCE da Angola Cables realça que “o ACeleraNet é a peça-chave para catalisar esse crescimento, ajudar jovens empreendedores a crescer com o seu negócio e implementar serviços digitais em zonas onde faz falta”.
O factor geográfico é também um dos diferenciais desta edição. De acordo com o gestor de produtos da Angola Cables, Mendes Gonçalvez, há vários candidatos provenientes de províncias como Huambo, Zaire, Bié, Moxico e Malanje.
“Essa é uma mais valia para nós, porque a ideia é descentralizarmos Luanda e levarmos Internet a vários pontos do país”, comentou o gestor.
O ACeleraNet, cujas formações já contam com mais de 50 candidatos beneficiários desde a primeira edição, foi desenhado para jovens empreendedores com projectos de provedor de Internet, que pretendem implementar redes, vender serviços e alargar infra-estruturas digitais idealmente nas províncias fora de Luanda, permitindo o fornecimento de serviços de alta qualidade sem comprometer a viabilidade financeira dos seus negócios.