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Angola: notificações de fraudes online cresceram mais de 300%, aponta relatório

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Angola está entre os países que viram crescer as notificações de fraudes online entre 2023 e 2024, com o país ocupando a oitava posição no ranking elaborado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) no seu relatório que avalia as principais ameaças cibernéticas no continente.
 
De acordo com a Interpol, o número de notificações suspeitas de fraude online cresceram mais de 349% em Angola no período em análise, numa listagem liderada pela Zâmbia com mais de 2,930%, seguida pelo Egipto (+476%), Eswatini (-18%), Quénia (+114%), Serra Leoa (+93%), África do Sl (-53%) e Marrocos na sétima posição com crescimento de mais de 826%.
 
A organização salienta que este aumento é viabilizado pela acelerada transformação digital, com os atacantes a aproveitarem-se da crescente actividade online, em particular a utilização das redes sociais, do comércio digital e dos serviços bancários móveis, para aplicar as fraudes.
 
Modalidade de ataque
 
O phishing é listado como responsável por 34% de todos os incidentes cibernéticos verificados no continente, mas é apontado pelos países-membros da Interpol em África como a principal preocupação de cibersegurança, devido à sua alta frequência e amplo alcance.
 
A nível institucional, refere, o impacto do phishing se estende a diversos sectores, cada um com vulnerabilidades e repercussões específicas. Por exemplo, as instituições financeiras enfrentam perdas consideráveis devido ao roubo de credenciais e transacções não autorizadas, o que mina a confiança dos consumidores e dificulta a inclusão financeira digital.
 
Empresas de telecomunicações, por sua vez, enfrentam desafios com a exploração da marca, fraudes de troca de SIMs e fraudes de SMS em massa, o que  afecta negativamente a sua reputação e eficiência operacional.
 
Além disso, prossegue o relatório, os governos, as instituições de saúde e as instituições de ensino enfrentam desafios como comprometimento de dados dos cidadãos, interrupções operacionais e diminuição da confiança pública.
 
Evolução do phishing
 
Por todo o continente, a Interpol indica uma evolução notável nas táticas de phishing, que se tornaram cada vez mais personalizadas, localizadas e tecnologicamente sofisticados, evoluindo dos tradicionais esquemas por e-mail em massa para ataques direccionados de engenharia social.
 
Segundo a organização, os atacantes passam a fazer-se passar cada vez mais por autoridades reconhecidas e instituições proeminentes, exploram o desemprego generalizado através de ofertas de emprego fabricadas e utilizam plataformas móveis para burlas relacionadas com prémios e emergências.
 
Além disso, as subcategorias do phishing, como smishing e vishing, são aplicadas com mais frequência parra explorar a confiança e os gatilhos emocionais das vítimas, alargando ainda mais o cenário de ameaças.
 
“A crescente sofisticação destes esquemas de phishing aumenta significativamente as vulnerabilidades em sectores críticos, incluindo bancos, instituições governamentais e telecomunicações”, alerta a organização.
 
Pode baixar o relatório clicando aqui.

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