Os governos de Angola, RDC e Zâmbia reforçaram hoje as ligações de fibra óptica terrestre com a inauguração dos circuitos de conexão que passam a interligar os três países. A iniciativa, que foi lançada em Benguela, envolve directamente as províncias fronteiriças de Cabinda, Zaire e Moxico, e prevê atingir canais ópticos de até 100 Gbps cada.
De acordo com o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), a ligação entre Angola e a RDC será garantida pelas operadoras Angola Telecom e a Liquid DRC, através de dois circuitos ponto-a-ponto. O primeiro vai interligar Luanda e Kinshasa, numa extensão de 1.150 quilómetros, com capacidade de 40 Gbps. O segundo ponto vai ligar Luanda e Cabinda, passando pelo Nóqui, na província do Zaire, numa extensão de 690 quilómetros.
Já a ligação entre Angola e Zâmbia será assegurada pelas operadoras Unitel e a MTN a partir da aldeia de Karipande, no Moxico, até a estação PoP da multinacional Angola Cables, em Luanda, e conta com uma extensão de cerca de 2 mil quilómetros.
De acordo com o MINTTICS, trata-se de um momento histórico para os três países e para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), pois a iniciativa vai possibilitar que a RDC e a Zâmbia tenham acesso regular aos serviços de comunicações e de electrónica por via de Angola.
A iniciativa enquadra-se no âmbito do plano estratégico do governo angolano de tornar o país num hub regional e está alinhado aos objectivos da SADC. Participaram da cerimónia inaugural do projecto os presidentes de Angola, João Lourenço, da RDC, Félix Tchisekedi e da Zâmbia, Hakainde Hichilema.