A declaração foi feita pelo director da AI & Data da Ernest & Young (EY), Gilberto Rodrigues, à margem de um evento realizado na passada quinta-feira (6) em Luanda, promovido pela EY Angola e pela Microsoft. Na ocasião, o especialista referiu que as empresas angolanas sofrem quase que diária ou semanalmente centenas de milhares de ataques com recurso a Inteligência Artificial (IA).
O encontro denominado “Beyond Data”, visou apresentar às empresas, clientes, parceiros, empreendedores e empresários de vários sectores da economia uma visão geral dos negócios na era da IA e reflectir sobre o crescimento dos negócios e investimentos na economia.
Em declarações à agência Lusa, Gilberto Rodrigues sublinhou que vai aumentando, no seio das empresas angolanas, o uso da sensorização IoT (dispositivos que recolhem dados do ambiente e transmitem-nos pela internet), que são portas de entrada para os ciberataques, tendo considerado que é muito importante que o sector de segurança também esteja envolvido na utilização dos dados.
Na visão do especialista, a nova tecnologia requer competências que nem toda a gente adquiriu por falta de recursos que ainda não estão disponíveis no mercado. Destacou ainda que a IA “é uma faca de dois gumes”, porque traz vantagens, como suprir o défice de recursos humanos, optimizar trabalho, mas também desvantagens, como a utilização para o cometimento de fraudes e crimes.
Na ocasião, as diversas empresas angolanas manifestaram o interesse no uso da IA de modo a obterem resultados positivos nos seus negócios e investimentos, para que possam contribuir para o crescimento económico do país.