O aumento dos casos de Covid-19 na China continuam a impactar negativamente os negócios da Apple em todo mundo, sobretudo no que o iPhone 14 diz respeito. Especialistas em cadeia de suprimentos já comentam a possibilidade de um crescente risco de interrupção na produção e entrega deste dispositivo após um surto do vírus na maior fábrica de montagem de iPhones administrada pela Foxconn, em Zhengzhou. Estima-se agora que os atrasos na produção podem ser de meses.
A mudança de política do governo chinês face à Covid-19 é apontada como um dos catalisadores da crise enfrentada pela tecnológica norte-americana quanto a produção do iPhone 14. Pois, refere o ArsTechnica, “à medida que o governo chinês reverte a sua política de zero covid, um risco mais duradouro aproxima-se: o potencial de escassez de trabalhadores em fábricas de componentes ou fábricas de montagem em todo o país”.
E há alguns exemplos que ajudam compreender o risco. Na última semana, por exemplo, uma loja da Apple, localizada no principal distrito comercial de Pequim, teve de reduzir as horas de trabalho, porque todos os seus funcionários foram infectados. Enquanto isso, nos últimos 20 dias cerca de 250 milhões de pessoas testaram positivo para o vírus. Actualmente, segundo o The Times, cerca de um quinto da população chinesa está infectada e a Apple enfrenta já uma escassez de dispositivos avaliada entre 5 a 15 milhões de iPhones 14.
“Poderemos ver muitas operações a serem impactadas pelo absentismo, não apenas nas fábricas, mas também em armazéns, áreas de distribuição, logística e instalações de transporte”, disse Bindiya Vakil, presidente-executivo da Resilinc, uma empresa dedicada ao rastreio de componentes tecnológicos para fornecer serviços de mapeamento da cadeia de suprimentos.
Estima-se que a actual crise possa impactar negativamente as receitas da Apple, com as previsões indicando ganhos abaixo dos 123,9 biliões de dólares norte-americano neste trimestre, com o lucro líquido projectado para cair mais de 8%, segundo estimativas reunidas pelo Visible Alpha. A efectivação destas estimativas poderá acabar com a sequência de crescimento de receitas de 14 trimestres da empresa norte-americana.
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