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Decorreu hoje, em Luanda, a segunda edição do ciclo de conferências TechInsight, realizado pelo Portal de T.I em parceria com a MwangoBrain, que explora nesta edição o panorama dos Sistemas de Pagamento em Angola. Falando na sessão de abertura do evento, o presidente da Comissão Executiva da EMIS, Duano Silva, reconheceu a importância da tecnologia no fomento da inclusão financeira, sublinhando, contudo, que ela por si só não é suficiente.
Citando o exemplo do M-PESA, no Quénia, o PCE da EMIS referiu que o sucesso deste serviço na inclusão financeira teve como pilar fundamental a logística, que garantiu a confiança aos utilizadores pelo facto destes terem a possibilidade de transformarem facilmente o seu dinheiro electrónico em dinheiro físico.
Para começarmos o movimento da inclusão financeira dos mais de 60% dos cidadãos ainda não bancarizados, “provavelmente é preciso alinharmos nesta estratégia”, referiu, observando que Angola já aplicou uma estratégia semelhante há 20 anos quando surgiram os cartões bancários e os ATMs.
No mesmo sentido, Duano Silva destacou a necessidade de exploração de métodos que estimulem os cidadãos a aderirem aos sistemas de pagamento disponíveis, que ajudem as pessoas a fazer poupança, bem como métodos para garantir o seguro e o microcrédito.
Voltando-se à inovação associada aos sistemas de pagamento, o responsável afirmou a população angolana, sendo ela maioritariamente jovem, está “claramente aberta à inovação”. Neste quadro, referiu que os principais desbloqueadores para a inovação incluem a educação, o acesso à Internet e o acesso aos dispositivos electrónicos.
Duano Silva defende que “não existe inovação sem que a malta jovem tenha acesso aos dispositivos inteligentes” e por isso defende a massificação da utilização dos telemóveis. Para que isso aconteça. explica, “eles têm que ter preços acessíveis para que todas as pessoas os consigam adquirir”, disse.