O Administrador Executivo do Banco Nacional Angola (BNA), Paulo Castro e Silva garantiu, durante um encontro recente mantido com os representantes da Agência de Protecção de Dados (APD) e a Corporação Internacional Financeira (IFC, na sigla inglesa), que as entidades reguladas pelo banco central angolano começarão a partilhar dados com o Bureau.ao a partir do primeiro trimestre de 2023.
O Bureau Central Privado de Informação de Crédito, S.A (Bureau.ao) é a primeira Central de Informação de Crédito a ser licenciada pela APD, para gerir um extenso banco de dados, que incluirá todo o histórico de pagamentos relevantes dos consumidores angolanos, com o objectivo principal de analisar os hábitos de consumo e consequentemente melhorar as decisões na concessão de crédito.
Em termos práticos, o Bureau vai criar uma base de dados onde vão constar informações positivas e negativas sobre créditos de entidades individuais e colectivas. Com o Bureau Central Privado de Informação de Crédito, é esperado que os credores tenham à disposição informações suficientes para avaliar melhor o risco de crédito e expandir o acesso ao financiamento para mais devedores, refere a APD em um comunicado.
Deste modo, prossegue o comunicado, qualquer entidade que queira vender os seus serviços e bens a crédito vai, no seu primeiro contacto com o cliente, ter a possibilidade de aceder a essa base de dados e ter informações detalhadas sobre esse cliente. Se forma geral, os clientes vão poder aceder aos serviços financeiros e ao crédito com maior facilidade.
De acordo com a APD, o funcionamento da Centrais Privadas de Informação de Crédito, pressupõe, entre muitos elementos, a existência de provedores de dados, figura responsável por mandar o histórico de crédito dos clientes para o banco de dados das Centrais. Podem ser provedoras de dados, por exemplo, instituições bancárias, empresas de telecomunicações, seguradoras ,empresas de energia, água e gás.
Participaram da reunião, o administrador executivo da APD, Paulo Pedro, o director do gabinete juridico da APD, Njunjulo António, a gestora regional do projecto pela IFC, Moyo Ndonde, e o especialista em agência de crédito e gestão de risco, Óscar Maddedu.
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