O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva que proíbe novos investimentos americanos em indústrias de tecnologias chinesas, de modo a restringir a capacidade e os avanços tecnológicos da China.
A ordem, assinada e divulgada na última semana, visa impedir que o capital e o conhecimento norte-americano ajudem a China a desenvolver sistemas militares avançados que coloquem a segurança nacional dos EUA em risco.
Segundo a imprensa local, as restrições aplicam-se a três áreas tecnológicas específicas, nomeadamente: o sector dos semicondutores, de computação quântica e inteligência artificial.
As empresas de capital de risco dos EUA que investem nestes segmentos dispõem agora de 45 dias para comentarem esta medida, devendo a ordem executiva entrar em vigor em 2024.
China protesta contra a ordem de Joe Biden
A China manifestou rapidamente o seu descontentamento contra a ordem executiva de Joe Biden, enviando aos EUA um protesto através dos canais diplomáticos.
“A China está extremamente descontente e opõe-se firmemente à insistência dos Estados Unidos em introduzir restrições ao investimento na China”, declarou um porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, citado pela Lusa.
Numa declaração separada, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse que a ordem desvia-se seriamente dos princípios da economia de mercado e da concorrência leal que os Estados Unidos sempre promoveram.
Além disso, salientou, esta decisão afecta as decisões comerciais normais, prejudica a ordem do comércio internacional e perturba seriamente a segurança das cadeias industriais e de abastecimento globais.