Joaquim Cassicato 
No seu discurso de abertura do Mobile World Congress (MWC 2024), realizado nesta segunda-feira (26), o director-geral da Associação do Sistema Global para Comunicações Móveis (GSMA, na sigla inglesa), Mats Granryd, mostrou-se preocupado com os cerca 3,4 mil milhões de pessoas que vivem sem tecnologias móveis, tendo ressaltado que a prioridade é “não deixar ninguém para trás”.
Granryd explicou que as operadoras têm 4,6 mil milhões de clientes no mundo, faltando, portanto, integrar 3,4 mil milhões de pessoas. Garante que esse número não só representa os potenciais clientes em países menos desenvolvidos, como também idosos, o que representa um “gap de gênero” na adopção de smartphones e tecnologias móveis.
De 2020 para 2022, com a pandemia, 200 milhões de pessoas passaram a ter acesso a tecnologias móveis, mas a velocidade de integração está a cair, e precisa ser acelerada, segundo Granryd. “Essas pessoas podem adicionar 230 mil milhões de dólares à economia global”, afirmou.
O executivo da GSMA afirmou ainda que as operadoras vão investir cerca de 1,5 trilhão de dólares até 2030 em redes 5G, com o compromisso de não aumentar ainda mais a emissão de carbono. Para Granryd, o desafio é sustentar o uso da inteligência artificial que, segundo as previsões, pode arrecadar 15 trilhões de dólares à economia global até 2030.
A abertura do MWC 2024 foi prestigiada com a presença do rei e do presidente da Espanha, e contou com presença de executivos de diversas empresas do sector, como o CEO da Microsoft, Satya Nadella, CEO da Vodafone, Margherita Della Vale, Presidente e CEO da HP, Antonio Neri, Presidente da China Mobile, Yang Jie, entre outros. Neste ano, cerca de 90 mil pessoas devem passar pelos pavilhões do evento até o dia 29 de Fevereiro.
