Durante a 2ª edição do Angola Digital Forum, realizado na última Quinta-feira (13), pelo Portal de T.I e a Mwango Brain, em Luanda, as principais entidades responsáveis pelos serviços de Internet analisaram o estado da conectividade, o seu impacto e contribuição no desenvolvimento e melhoria do ecossistema de telecomunicações e no sector da economia digital nacional.
No painel dedicado ao tema “Internet, Data Centers e Satélite – o impacto de novos operadores de data centers, sistemas submarinos e o Angosat-2”, conduzido por Kiesse Canito, director-geral da Tech 21 Africa, a operadora e analista do Angosat-2, Ermeliana Soares, começou por apontar as províncias que já usufruem os benefícios do satélite, tendo referido que o Executivo, através do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional, está a trabalhar para melhorar as infra-estruturas de conectividade e aumentar a inclusão digital no país.
Por sua vez, o director de Desenho e Inovação da Multitel, Ludieco João, argumentou que já se consegue notar alguma evolução em termos de conectividade no país, o que, no seu entender, tem contribuído para haja mais tráfego e produção de conteúdos locais, armazenados e distribuídos a partir de data centers nacionais.
Já o líder comercial da Angola Cables, Fabio José, considerou o sector das telecomunicações como o alicerce para que as outras áreas (a da indústria e economia, por exemplo) consigam comunicar-se entre si e gerar valores. Entretanto, disse que o desafio está ligado aos elevados custos operacionais que têm afectado os serviços de Internet e condicionado a qualidade da conectividade em Angola.
Os especialistas reconhecem o impacto positivo do Angosat-2, no entanto, consideram que ainda há muitos desafios que condicionam a melhoria da conectividade e que precisam ser ultrapassados, tendo recomendado como possíveis soluções a instalação de mais infra-estruturas de telecomunicações e a massificação, controlo e regulamentação dos preços dos serviços de Internet em todo país.