Relatório aponta Angola como país de alto risco em matéria de ameaças cibernéticas

Relatório aponta Angola como país de alto risco em matéria de ameaças cibernéticas

Os ciberataques atingiram níveis históricos em 2024, com as organizações a sofrerem em média 1.673 ataques semanais – um aumento de 44% face ao ano anterior. Os dados são do relatório da Check Point, denominado Estado da Cibersegurança em 2025, que revela que os sectores da educação e saúde se tornaram os alvos preferenciais de hackers em campanhas de roubo de dados sensíveis.

O relatório global que aborda as principais ameaças, tendências emergentes e recomendações para CISOs coloca Angola entre os países de alto risco em matéria de ameaças cibernéticas. Entre os países analisados em África, sem apresentar números, Angola, Etiópia, Gana, Quénia e Zimbábue são os países que se encontram nesta condição.

No geral, a nível global o sector da educação registou o maior volume de ataques, com um crescimento de 75% face ao ano anterior, ultrapassando a média de 3.574 semanais. As instituições de ensino foram alvo específico de recolha de informações pessoais. Este aumento afectou universidades, escolas e departamentos ou serviços educativos.

Já no sector da saúde, o cenário mostra um aumento de 47% na média de ataques semanais. O relatório revela que a causa por trás deste aumento no sector da saúde é que os cibercriminosos estão a abandonar progressivamente as proibições impostas de atacar serviços de saúde. O sector é especialmente vulnerável a interrupções prolongadas de serviços e pela natureza altamente sensível dos dados de doentes que possuem.

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Segundo o mesmo relatório, os ataques por emails continuam a ser o principal vector inicial de ataque, representando 68% dos casos. Esta tendência persiste mesmo com o aumento significativo de ataques via web (32%), que está principalmente associado à predominância de estruturas de distribuição de malware baseadas em sites infectados, como o FakeUpdates.

Plataformas em cloud como novo alicerce da cibersegurança

Como perspectiva do futuro, o relatório aponta que as plataformas baseadas em cloud estão a tornar-se a espinha dorsal da segurança digital, com a integração de IA a mostrar-se mais eficaz do que ferramentas isoladas. Ao unificar diferentes operações de segurança, estas plataformas reduzem a complexidade, permitindo que as organizações combatam ameaças e vulnerabilidades na cloud com maior eficiência.

O relatório da Check Point, que é parceira da Multirede Angola, apresentou recomendações para líderes de segurança nos seguintes termos:

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“As organizações devem implementar uma estratégia de segurança em camadas que inclua cópias de segurança regulares de dados, formação de funcionários sobre consciencialização de phishing, filtragem robusta de correio electrónico, manter controlos de acesso rigorosos, aplicar o princípio de privilégio mínimo, actualizar regularmente softwares e sistemas para corrigir vulnerabilidades, realizar avaliações de segurança periódicas e conduzir simulados de resposta a incidentes. Estas práticas são essenciais para garantir preparação contra ataques.”

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