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Tchilla vence primeira edição do CodePoint by Mirantes

Tchilla vence primeira edição do CodePoint by Mirantes
Se já realizou um evento, seja grande ou pequeno, já deverá ter enfrentando dificuldades em encontrar serviços que facilitassem a compra da alimentação, das bebidas, dificuldades em encontrar um DJ, um salão de festas, os bolos, a maquilhadora, a decoradora, e todos outros elementos necessários para um evento devidamente organizado. Unidos pela vontade de simplificar este processo, cinco jovens criaram a startup Tchilla.
 
A Tchilla, como explica o gestor de projectos do grupo, José Inglês, é uma solução que conecta pequenos e médios fornecedores de serviços e produtos para todo o tipo de evento, seja um casamento, alambamento ou aniversário. Peteusom Santana (back end), Leandro Gonçalves (UX/UI), Henrique Marta e Celson Paixão (Desenvolvedor web / Mobile), completam o quinteto por trás do projecto.
 
“Ela surgiu de uma necessidade pessoal. Os meus pais queriam organizar uma festa infantil para mim e os meus irmãos e tiveram dificuldades em encontrar os produtos e serviços, o que os obrigou a deslocar-se de um lugar para outro à procura de um decorador, um DJ, um salão de festa e até bolos para o nosso aniversário. A solução prática que encontramos foi criar uma plataforma que reunisse esses serviços num só lugar”, revelou José Inglês ao Portal de T.I.
 
A startup Tchilla é a grande vencedora da primeira edição do CodePoint, uma competição de startups organizada pela Mirantes Technologies, cuja cerimónia de premiação decorreu na última semana, em Luanda. O grupo recebeu como prémio 20 milhões de kwanzas.
 
Em segundo lugar esteve a startup Wundu, que apresentou uma plataforma que une tecnologia intuitiva e conteúdo educacional personalizado, servindo de ponte para a independência financeira. Ficou em terceiro lugar a startup Lazy, que apresentou um sistema de gestão e vendas desenvolvido para apoiar pequenas e médias empresas nos sectores de restauração, retalho e beleza.
 
Uma competição “agressiva”
 
Segundo o coordenador do CodePoint e director de Desenho de Produtos, Pesquisa e Desenvolvimento da Mirandes, Mauro Baptista, a competição contou com a participação de 723 pessoas, divididas em 147 startups, cada uma com 4 a 5 integrantes.
 
A competição teve 3 estágios:
 
  • A fase do KNOW: onde as startups foram munidas com um conjunto de conhecimentos para permiti-las expandir e desenvolver os seus produtos. Participaram desta fase todos os 147 projectos.
  • A fase do DO: focada na materialização dos conhecimentos teóricos adquiridos na fase anterior. Finalizaram esta fase apenas 70 projectos.
  • A fase do Launch: onde as startups lançaram os seus Produtos Mínimos Viáveis (MVPs). Conseguiram concluir esta fase aapenas 30 startups das quais foram seleccionadas as 10 startups com maior pontuação e, destas, as 3 que mais pontuaram.
 
“O CodePoint era tão agressivo que num dia startups podiam receber 4 a 5 desafios, que envolviam construir uma API, desenvolver e preparar toda a interface, o UI de uma plataforma, construir todo o front-end de uma solução, em  24 ou 48 horas. O desafio era sufocante e muitas startups desistiram”, referiu o coordenador da competição.
 
Para Mauro Baptista, muitas destas startups podiam facilmente se tornar unicórnios num ecossistema mais desenvolvido. “Nós temos jovens com tanto potencial, que quando você pára para entender a idade dele, você não acredita que um jovem daquele trouxe uma solução tão robusta”, acrescentou.
 
“Tudo pode ser programado e codificado localmente”
 
Para a presidente da Associação Angolana de Startups e Empreendedorismo Digital, Lisa Videira, que acompanhou a cerimónia de premiação, o talento demonstrado pelos jovens no CodePoint provam, mais uma vez, que o país já não precisa ir buscar talentos no exterior para muitos serviços tecnológicos.
 
“Nós temos muito talento, muita vontade de empreender. Temos ideias inovadoras e apropriadas para solucionar problemas locais. E é provado que nós já não precisamos ir procurar lá fora muitos dos serviços tecnológicos, como programação, criação de aplicativos, experiência do usuário, front-end e back-end, por exemplo”, comentou.
 
A responsável, cuja instituição tem como principais pilares a partilha de informação, a criação de uma comunidade, o investimento na formação contínua, a educação e a facilitação do acesso ao financiamento, acredita que com o potencial actual, “tudo pode ser programado e codificado localmente com os nossos jovens”.
 
Finalizada a primeira edição 2024/2025 para Angola, a competição entra agora na sua fase internacional com o início das inscrições para o CodePoint Moçambique 2025/2026.
 
A edição de Moçambique deverá durar seis meses, tal como a edição angolana, e os vencedores vão competir com as startups angolanas. Os vencedores desta competição entre países vão defrontar startups de outros países, como o Quénia, num processo que conta para a continentalização do CodePoint.
 
As inscrições para o CodePoint Moçambique podem ser feitas aqui.

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