UNITEL nega acusações da Africell sobre tentativa de extorsão

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A UNITEL negou as acusações levantadas pela Africell, segunda as quais a maior operadora de telefonia móvel do país teria tentado extorquir a Africell nas negociações referentes à partilha de infra-estruturas, situação que terá, segundo a Africell, atrasado o início das suas operações como quarta operadora em Angola.

“O Governo angolano disse que não haveria problemas com o acesso a infra-estruturas e estávamos à espera dessa partilha com a UNITEL. Mas, as negociações para essa partilha não correram bem, pois a UNITEL tentou literalmente extorquir-nos com preços incomportáveis”, revelou uma fonte da Africell ao Jornal Expansão.

“Tentaram impedir-nos de entrar no mercado angolano. Parece que têm receio da concorrência, mas a história mostra-nos que a concorrência é sempre positiva”, acrescentou a fonte.

A outra versão da história

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A UNITEL afirma, por sua vez, que a partilha de infra-estruturas está regulada pelo regime jurídico do Decreto Presidencial n.º 166/14 de 10 de Julho, e alega ter rejeitado a partilha no dia 27 de Setembro de 2021, de acordo com o artigo 18, alínea a) “onde a recusa da partilha em causa seja técnica e fisicamente inviável”.

De acordo a operadora, a rejeição, surgiu quase dois meses após a Africell lhes ter solicitado (a 30 de Julho de 2021) “para verificar se tinha sites [pontos de transmissão] em 100 pontos geográficos de Luanda para a devida partilha”. No entanto, afirma, só no dia 23 de Agosto de 2021 a Africell concluiu a especificação do equipamento a implementar nas torres da UNITEL, nomeadamente o peso do equipamento, bem como da energia necessária e o espaço necessário.

A UNITEL revela ter respondido à solicitação a 15 de Outubro, “após cuidada avaliação técnica de todos os sites, que tinha 87 sites nas localizações solicitadas, mas algumas não tinham energia suficiente e nenhum dos sites tinha capacidade técnica para sustentar o equipamento da Africell, que tinha 339 kg”, tendo proposto que fosse a Africell a investir no ajustamento das torres para acomodar o peso do seu equipamento”.

Entretanto, a 15 de Outubro de 2021, e “conforme carta de manifesto de desagrado ao CEO da Africell, a UNITEL deu referências de preços alinhados com a região, nomeadamente com os TowerCo internacionais, mormente Helios Towers e IHS, bem como indicações a nível do mercado nacional onde a UNITEL aluga sites”, negando, assim, a acusação da Africell sobre a suposta aplicação de “preços não justificáveis”.

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A UNITEL avançou ainda que possui mais 1.000 sites em Lunda, que são torres de configuração baixa, que acomodam 2G, 3G, 4G e já 5G. Ao acomodar o peso do equipamento da Africell, teria de reconstruir os sites.

A Africell, observou a UNITEL, “só solicitou 100 sites, e tal pode até ser interpretado como forma de distrair a UNITEL, tentando demonstrar que ia fazer uma pequena rede em Luanda quando na prática se sabe que está a construir quase 800 sites”.

 

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