Uma delegação da Agência de Protecção de Dados (APD) de Angola participa desde segunda-feira (15) na 47ª Assembleia Global da Privacidade (GPA), que decorre até ao próximo dia 19 de Outubro em Seoul, Coreia do Sul. A comitiva angolana é liderada pela Presidente do Conselho de Administração da APD, Eng.ª Maria das Dores Pinto, integrando o debate global sobre “Inteligência Artificial (IA) no nosso quotidiano: dados e questões de privacidade”.
De acordo com a APD, a presença angolana foi particularmente notada no primeiro dia do evento, com a Eng.ª Maria das Dores Pinto a participar na sessão inaugural, que debateu os principais desafios da era da IA, como a governação de dados, a pseudonimização de dados pessoais para inovar e o impacto da inteligência artificial na privacidade nos serviços de saúde.
Na qualidade de vice-presidente da Rede das Autoridades Africanas de Protecção de Dados Pessoais (NADPA/RAPDP), a Eng.ª Maria das Dores Pinto presidiu a uma reunião fechada entre este órgão continental e representantes da gigante tecnológica META. O encontro teve como objectivo central estabelecer as linhas de colaboração futura entre as duas entidades, posicionando a NADPA/RAPDP como um interlocutor fundamental para o sector tecnológico em África.
A representação africana no evento vai além da presença angolana, contando com oradores de alto nível. O continente está a ser representado por figuras como Pansy Tlakula, executiva da IRSA da África do Sul, e Immaculate Kassait, Comissária de Dados da ODPC do Quénia, que integram painéis de discussão ao lado de líderes globais.
O evento, organizado pela Comissão de Protecção de Informações Pessoais (PIPC) da Coreia do Sul, tem como ambição encontrar soluções colectivas para problemas que ultrapassam fronteiras nacionais. O presidente do PIPC, Haksoo Ko, abriu os trabalhos alertando que, apesar de a IA impulsionar a inovação, o seu uso descontrolado representa “riscos à confiança pública, à economia e à estabilidade social”, um aviso que ecoou entre os participantes.