Joaquim Cassicato 
A Apple está a promover uma campanha publicitária onde mostra como outros navegadores estão de olho nas actividades digitais dos usuários. O anúncio destaca como o navegador Safari torna a experiência privada sem que os sites rastreiem cada movimento, criando uma mensagem evidente para os 1,4 mil milhão de usuários de iPhone pararem de usar o Chrome.
“O seu navegador está a ser monitorado. O Safari ajuda a impedir isso usando tecnologia de protecção de privacidade líder do sector, incluindo prevenção de rastreamento inteligente. O Safari protege a sua privacidade”, lê-se na descrição do vídeo publicado no Youtube.
Nesta altura que a Google conta com uma base de instalação de 30% entre os usuários de iPhone e uma meta de atingir 50%, trazendo mais de 300 milhões de usuários de iPhone para o Chrome, de acordo com o relatório da The Information, a Apple trabalha arduamente para impedir que isso aconteça.
Em resposta à campanha publicitária, um porta-voz da Google referiu que “o Chrome foi criado com o objectivo de manter os dados seguros por padrão e garantir que os usuários possam controlar quando e como os seus dados são usados no Chrome para personalizar a experiência de navegação na web. É por isso que criamos configurações de privacidade e segurança fáceis de usar directamente no Chrome.”
A chamada de atenção aos usuários de produtos Apple surge numa altura em que a Google está em uma jornada para converter usuários do Safari para o Chrome.
Actualmente, o Chrome depende do Safari para direcionar a maioria das buscas feitas em iPhones, facilitado por uma parceria financeira entre as empresas, onde o Google é o mecanismo de busca padrão do Safari. Mas essa parceria, de acordo com a Forbes, pode ser encerrada em breve devido a investigações de monopólio nos EUA e na Europa.
