CEDEAO: ministros das TIC analisam implementação do cabo submarino Amílcar Cabral

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Os ministros das Tecnologias de Informação e Comunicação, Economia Digital, Finanças e Planeamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reuniram-se recentemente em Bissau, capital da Guiné Bissau, para analisar o desenvolvimento do cabo submarino Amílcar Cabral, projecto que visa aumentar a capacidade de telecomunicações, melhorar o acesso aos serviços digitais e fornecer redundância essencial para garantir a resiliência da Internet de banda larga em seis países da região.
 
Em comunicado, a CEDEAO refere que a missão, liderada pelo comissário da organização para a área de infra-estrutura, energia e digitalização, Sédiko Douka, serviu para os ministros se inteirarem sobre a preparação da Guiné Conacri quanto a implementação do projecto.
 
No centro das discussões estiveram questões como a implementação faseada do projecto mantendo o seu carácter regional, a criação de uma Entidade de Propósito Específico nacional em conformidade com os requisitos das instituições de financiamento, a aceleração da emissão das licenças necessárias e o estabelecimento de um fundo de sementes para facilitar a preparação do projecto.
 
O projecto, proposto por Cabo Verde em 2017 e cujo estudo de viabilidade de implementação foi apresentado em 2019 na cidade de Praia, visa interligar a nação insular, Gâmbia, Guiné Conacri, Guiné Bissau, Libéria e Serra Leoa através de uma rede de cabo submarino, como parte da estratégia regional de desenvolvimento da infra-estrutura de banda larga nos países da CEDEAO.
 
“O cabo Amilcar Cabral não só fornecerá um backlink para os nossos cabos submarinos exclusivos existentes, mas também ajudará a aumentar a penetração da banda larga nos países membros e promoverá a integração regional por meio de comunicações digitais e instalações de comércio electrónico, facilitando a criação de um mercado digital único na região da CEDEAO”, disse o ministro e coordenador de actividades governamentais da Serra Leoa, Jacob Jusu Saffa, em 2023.
 
Nomeado em homenagem a Amílcar Lopes da Costa Cabral, figura notável da independência da Guiné Bissau e Cabo Verde, o cabo submarino foi inicialmente concebido para unir apenas Guiné Conacri e Cabo Verde, entretanto pouco depois a Gâmbia, Guiné Bissau, Libéria e a Serra Leoa se juntaram ao projecto, acto que foi oficializado através de um memorando de entendimento.

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