Decorreu, na manhã desta Terça-feira (24), na LAC (Luanda Antena Comercial), o debate que reuniu especialistas como António Pinto — representante da NCR Angola e Sílvio Costa — Consultor de empresas para que, em torno do tema, expressarem suas opiniões e a realidade do mercado nacional.
Apoiando-se à frase de que a tecnologia é usada para melhorar os processos produtivos e estando o mundo inserido no contexto da 4ª revolução industrial, marcada pelas TIC, Edilson Almeida, começou por questionar aos convidados, sobre como o homem deve utilizar as tecnologias para alavancar sociedades.
Na posse da palavra, António Pinto considerou que, apostar na transformação digital tornou-se fundamental pois, permite à administração pública a utilização de recursos tecnológicos com vista a aumentar o desempenho da organização, na colecta de informações, com o objectivo de tirar maior benefício.
Voltando para a realidade do país, considerou que os funcionários públicos não estão ainda preparados, tecnicamente, para usarem essa ferramenta de disrupção da 4ª revolução industrial. “Nós ainda não chegamos lá. É um caminho longo que também pode ser melhorado nos próximos anos”, disse.
O especialista que também considera que o uso das tecnologias digitais deve ser encarado como algo cultural, sublinhou que a pandemia provou que há, em Angola, a necessidade de se fazerem mudanças nos mais variados sectores.
“Essa transição deve começar com o governo e depois com os empresários, alinhados à formação. Se não fizermos uma transformação transversal à sociedade, vamos criar um futuro com muitas desigualdades”, disse.
António Pinto disse, ainda, “o exemplo de política pública transversal, criada pelo governo, foi o projecto simplifica, desenvolvido pela comissão interministerial de Angola”.
Por sua vez, Sílvio Costa defendeu a necessidade do Estado actualizar-se e redefinir as suas políticas, para estar alinhado às transformações digitais do tempo. Acrescentou ainda que, o sistema do estado levará mais tempo para se adaptar por ser mais lento, difícil e levar mais tempo para se modificar.
Sílvio Costa também fez saber da importância da utilização das TIC no âmbito das políticas públicas, na questão do controlo fronteiriço e mapeamento regional.
O especialista foi crítico ao dizer que, por mais que o país esteja a tentar migrar para a revolução 4.0, a realidade mostra que ainda vivemos no contexto da antiga revolução 2.0. À porto disso, fez saber, em remate final, que o estado deve investir mais em políticas públicas que façam face a distribuição equitativa de energias.
O programa Conversas 4.0 tem emissão, todas as Terças-feiras, pelas 10horas, na Rádio LAC e reúne convidados que, em torno de um tema tecnológico, apresentam suas opiniões.
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