A edição do Conversas 4.0 de terça-feira (23), abordou sobre “Organizações Data-Driven: Por onde começar?”. No painel estiveram: Euclides Mfumu, cientista de dados, António Pinto, director de marketing da NCR, e com a habitual moderação de Edilson Almeida, que de início esclareceu aos ouvintes, que o termo também pode ser chamado de “análise de dados” ou ainda “organizações baseadas em dados”, que consiste no conjunto de toda a informação de uma empresa, como emails, plataformas digitais, ferramentas de automação, planilhas, documentos e uma série de outras origens que gera um nível alto de estruturação.
Como um excelente entendedor do assunto, Euclides Mfumu acrescentou que “Data-Driven” são dados de estatisticas e matemática que servem para seguir um processo para a tomada de decisões muito mais eficientes a nível operacional.
“Hoje em dia já é muito utilizado em pesquisas”, começou por dizer o cientista angolano. “Os dados são considerados como um ‘novo petróleo bruto’, porque as empresas usam nas suas tomadas de decisões para negócios e buscar soluções”, considerou.
Para António Pinto, “É o mesmo que as informações internas de negócio, e se eles forem muito bem trabalhados serão vantajosos para criar modelos sobre as necessidades de hábitos de compras e de consultas dos consumidores na actualidade ou ainda questões ligadas à saúde em função das pesquisas que fazemos nos motores de buscas, e nisso, já temos organizações nacionais que trabalham com dados como a AGT, o Ministério das Finanças, as empresas de seguros, bancos e empresas de retalho”.
Data-Driven como factor de tomada de decisão
Para Euclides Mfumu, uma empresa angolana é considerada Data-Driven quando existem nos seus processos internos, a política de gestão de dados baseando em análise descritiva, datado para os acontecimentos e divididos em três estágios.
“Temos o diagnóstico, que aponta o porquê aconteceu, a seguir temos o objectivo, que pode nos dizer o que é mais provável que possa acontecer, e por último a prescritiva, que diz o que devemos fazer caso aconteça. Mas se uma empresa já estiver no primeiro estágio, já pode ser considerada Data-Driven, porque está a começar com o business intelligence, para auxiliar no processo de tomada de decisão”, disse.
A aposta na criação de Data-Driven nacionais
Questionado sobre como a AGT consegue tirar melhor proveito naquilo que são as necessidades dos seus clientes no seu dia-a-dia, António Pinto defende que a Administração Geral Tributária com o seu modelo de cobrança do “imposto automóvel”, terá a facilidade em conhecer o verdadairo proprietário do veículo, mesmo que este compre um carro usado.
“É o mesmo que acontece na busca de quem é o proprietário de uma casa ou terreno, o que vai permitir mais informação e de certa forma, a AGT tirará mais partido em vez de pedir ao contribuente informações e que se desloque a uma das suas repartições. Mas com o Data-Driven, a instituição reunirá todos os dados com as suas respectivas áreas, divididas em municípios”, frisou o director de marketing, dando o mesmo exemplo à Viação e Trânsito, que diariamente lida com cartas de condução e livretes.
“Se instalassem o Data-Driven, de certa forma satisfaziam as necessidades dos clientes de forma mais rápida”, sugeriu.
Já Euclides Mfumu, admite que é importante a criação de Data-Driven nacionais que facilitam pontos como o pagamento em kwanza e também capitalizar outros tipos de serviços.
“Os Data-Driven podem armazenar os nossos meios de informação em qualquer empresa para os variados serviços. É preciso explorar estas áreas e que não seja necessário ter de colocar os nossos dados em servidores desconhecidos, embora parecerem seguros”, concluiu o especialista de mercado.
O programa conversas 4.0 acontece todas as terças-feiras, das 10 as 11horas, na LAC ( Luanda Antena Comercial), sob moderação de Edilson Almeida, e tem uma extensão em live, a exibido as 19 horas do mesmo dia, no Facebook do Tech 21 Africa.
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