377
A incubadora tecnológica Digital.ao prepara-se para dar início, em Novembro, à nova edição do seu plano anual de incubação de startups, que decorrerá simultaneamente em Luanda e no Huambo.
Em entrevista ao Portal de T.I, o coordenador geral da instituição, Manuel Tati, afirmou que o processo de selecção já terminou e foram escolhidos 50 projectos de um total de mais de 200 candidaturas recebidas a nível nacional.
Esta edição marca a primeira vez que o programa de incubação se realizará também fora da capital do país, um passo que, segundo Manuel Tati, visa “aproximar o ecossistema tecnológico das realidades locais e potenciar o talento jovem no interior do país”.
Segundo o gestor, cada uma das duas províncias acolherá 25 startups, de acordo com a capacidade das instalações actualmente disponíveis. Em Luanda, entretanto, o número de projectos deverá ser condicionado pelas obras de ampliação em curso no Digital.ao, o espaço que acolhe o hub principal do programa.
“Estamos num processo de consolidação e ampliação da extensão do Digital.ao, para conseguirmos incubar mais projectos”, referiu o coordenador, acrescentando que as obras deverão estar concluídas dentro de sete a oito meses.
O número total de projectos a incubar fica assim aquém do perspectivado aquando da graduação das primeiras sete startups, numa cerimónia realizada em Março último. Na altura, o director geral do INFOSI, André Pedro, afirmou que o instituto pretende aumentar para 150 o número de startups incubadas nas próximas edições, para reduzir o número de projectos fora do programa de incubação.
Todavia, o número apresentado para a presente edição (50 startups) supera em muito as sete startups incubadas na primeira edição, das quais quatro foram residentes e três não residentes.
Para esta nova edição, Manuel Tati avança que estão disponíveis 12 salas destinadas a acolher startups residentes e prevê-se que o número de startups não residentes se fixe em 15. Este número, contudo, poderá variar consoante a capacidade física total das instalações nas duas províncias, observou o coordenador, sublinhando que a prioridade é assegurar “condições adequadas de mentoria, coworking e desenvolvimento tecnológico” para todos os participantes.
Maior diversidade
O novo ciclo de incubação, com duração prevista de um ano, introduz também algumas alterações no perfil das startups incubadas. Manuel Tati explica que, nesta edição, além das áreas tradicionais de base tecnológica, o programa vai incluir e reforçar a presença de projectos fintech e agrotech.
“Queremos trazer mais diversidade e inovação ao plano de incubação”, referiu o coordenador.
Com o olhar voltado para o futuro, Manuel Tati reafirma o compromisso do Digital.ao com o empreendedorismo jovem, destacando que a confiança no potencial da juventude para um futuro inovador.
“Acreditamos na juventude angolana, que representa a maioria da população, e é com ela que queremos construir uma Angola mais inovadora nos próximos anos”, finalizou.