Joaquim Cassicato 
A economia espacial global gerou receitas na ordem dos 400 mil milhões de dólares em 2023, um aumento de 2% em comparação com o ano anterior. A informação foi publicada no relatório State of Satellite Industry, realizado pela consultoria Bryce Space and Technology para a SIA – Satellite Industry Association (EUA).
De acordo com o referido relatório, em 2023, a indústria de satélites totalizou 9.691 satélites activos que orbitavam a Terra. Pelo sexto ano consecutivo, a indústria lançou em órbita um número recorde de satélites comerciais. Durante 2023, foram enviados 2.781 satélites comerciais, um aumento de 20% em comparação com o ano anterior, enquanto a indústria espacial mais uma vez realizou o maior número de lançamentos na história (190).
A inovação tecnológica, segundo o relatório, continuou a impulsionar o aumento da acessibilidade e da produtividade. A fabricação de satélites, equipamentos terrestres e receitas de lançamento, por exemplo, aumentaram em 2023, enquanto que a receita de banda larga via satélite cresceu 40% e o número de assinantes aumentou 27%.
Serviços como telecomunicações e de sensores remotos, representaram uma receita de 110,2 mil milhões; equipamentos de terra e de navegação por satélite, 150 mil milhões; fabricação de satélites, 17 mil milhões; lançamentos, 7 mil milhões; orçamento espacial governamental e voos espaciais comerciais, 114 mil milhões de dólares norte-americanos.
O relatório mostra que actualmente, 69% dos satélites em operação são dedicados a comunicações comerciais; 3% a comunicações governamentais; 12% como sensores remotos e observação da Terra; 9% a comunicações não comerciais; 2% a navegação; 3% a vigilância militar e 2% dedicados à área científica.
