Empresários angolanos queixam-se das dificuldades em adquirir o TPA

A posse de um Terminal de Pagamento Automático (TPA) em Luanda tem sido a grande luta dos empreendedores nos últimos meses, apontando como as principais culpas, a burocracia e o preço elevado para o seu pedido de adesão, tanto na compra como no aluguer deste aparelho digital de operações bancárias.

Os empreendedores mostram-se sufocados com as taxas mensais e comissões por cada transacção numa forma de globalizar o pagamento digital com vista a reduzir os perigos atraídos pelo dinheiro “vivo”.

Segundo o artigo do Valor Económico, os preços variam de banco para banco e alteram com o passar dos dias.
Só para o aluguer, algumas instituições começam por cobrar 15 mil kwanzas, um valor que pode chegar até aos 100 mil kwanzas. Mas o aparelho pertence ao banco e quem fica com ele responsabiliza-se por o manter. Caso contrário, terá de o pagar.

Para a compra, os preços variam entre os 198 mil a 250 mil kwanzas. A estes valores adiciona-se o custo de montagem, variável conforme o banco, a rondar entre os 6 mil e os 10 mil kwanzas.

Para a empresária Irene dos Santos, que falou a este jornal, é uma situação que provoca um “grande atraso na economia” e a banca não está a servir o mercado.

“O TPA representaria uma forte contribuição do sector informal. Se houvesse um TPA com uma zungueira ou num candongueiro, permitiria que a transacção fosse mais facilitada e eliminaria os constrangimentos que verificamos quando vamos ao multicaixa. Se a banca disponibilizasse o material a um custo mais baixo, quem sai ganhar é o cliente”, opinou a empreededora.

BNA e a adaptação do Mibile Money

Lembrando que em Novembro de 2020, com o âmbito do Plano Nacional de Inclusão Financeira, cujo objectivo principal é o aumento do acesso da população não bancarizada aos serviços financeiros, o BNA conferiu à EMIS, a titularidade de se tornar na empresa responsável pela gestão da plataforma de Interoperabilidade e Câmara de Compensação do mobile money, na perspectiva de implementar um Sistema de Transferências

Móveis e Instantâneas (STMI), sob uma consulta feita pelo feita pelo BNA no dia 24 de Abril de 2020.
Durante este acontecimento o Portal de T.I tomou nota na qual o BNA, a Empresa Interbancária de Serviços e os demais stakeholders do sistema de pagamentos de Angola trabalharão conjuntamente para que, durante o ano de 2021, esteja concluída a infraestrutura do STMI, permitindo a total interoperabilidade entre as sociedades prestadoras de serviços de pagamentos móveis e instantâneos.

 
 
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