ETIC: mercado nacional privilegia cada vez mais softwares desenvolvidos localmente

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De acordo com o director geral da ETIC, Felipe Retke, Angola encontra-se em plena fase de transformação digital perceptível e neste processo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) desempenham um papel crucial, trazendo novas tendências ao mercado, entre as quais o director destaca a preferência por softwares desenvolvidos localmente ao invés de soluções externas.

“A procura por softwares produzidos localmente já é uma tendência em Angola e digo isso com muita propriedade. Há 10 ou 15 anos, nós víamos muitas pessoas orientadas a formarem-se em áreas de infra-estrutura, o que era compreensível, porque o país estava de facto a ser reconstruido, mas essa realidade já não é tão dominante actualmente,” começou por dizer o director.

Segundo o responsável, que fala em exclusivo ao Portal de T.I durante o ANGOTIC 2023, a tendência verificada no sector tecnológico nacional há cerca de 10 a 15 anos foi rapidamente alterada, de tal forma que hoje o foco de formação dos técnicos do sector, sobretudo os jovens, está mais voltado à fabricação de softwares e não aos estudos de tecnologias de redes e servidores, por exemplo.

“Naquela altura, as pessoas estudavam tecnologias de redes, servidores, etc. Mas, nos últimos 4 a 5 anos, temos visto muitas pessoas, principalmente jovens, a se capacitarem na área de fabricação de softwares. São programadores, front end, back end, data base administrators, programadores full stack, etc., profissões que não víamos com tanta frequência há alguns anos, o que comprova a tendência de crescimento deste mercado.”

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Felipe Retke, cuja empresa actua há cerca de 11 anos no sector das TIC em Angola, considera que a demanda por softwares produzidos localmente pela ETIC cresceu, mas ainda está abaixo do potencial actual que a empresa pode prover ao mercado.

“Temos tido uma procura muito grande para a fabricação de softwares em todo o país, mas apesar de haver essa demanda, nós ainda a consideramos pequena. Quer dizer, ela é grande comparada ao nosso potencial anterior, mas agora temos um potencial instalado muito grande,” disse.

Neste sentido, o director geral da ETIC reafirmou a necessidade de se continuar a incentivar as empresas nacionais a adoptarem soluções tecnológicas feitas em Angola, “porque já existem cá empresas como nós, que criámos soluções à medida para o mercado. Digo isso, porque, apesar do crescimento da oferta nacional, ainda existem também no nosso mercado empresas que buscam por soluções tecnológicas fora do país, o que custa mais caro e, às vezes, não têm o suporte e a proximidade necessária que se pretende. E nós estamos cá para resolver esse problema”.

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